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MEC autoriza abertura de novos cursos de Medicina no Brasil

Os estudantes de medicina que são beneficiados pelo Fies vão poder financiar até R$ 60 mil por semestre - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Os estudantes de medicina que são beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) vão poder financiar até R$ 60 mil por semestre - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A abertura de novos cursos de Medicina no Brasil foi autorizada mediante portaria do Ministério da Educação (MEC), publicada nesta quinta-feira (6).

A portaria defende que as aberturas ocorram mediante chamamento público e quando a região a ser atendida tiver a necessidade de profissionais.

Os chamamentos públicos devem ser publicados em até 120 dias.

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A autorização foi publicada no Diário Oficial da União um dia após o fim de uma norma que estabelecia a suspensão da abertura de novos cursos de Medicina no país.

A norma foi editada em abril de 2018, durante o governo Michel Temer e com o apoio de entidades médicas.

Na época, usou-se o argumento de que era preciso frear o aumento indiscriminado de escolas médicas sem qualidade adequada e discutir critérios para autorização de vagas.

Na prática, porém, milhares de vagas foram criadas durante os cinco anos de moratória por meio de ações judiciais.

Atualmente, o MEC acumula 225 processos pedindo a abertura de novos cursos de Medicina no Brasil.

Conforme entidades médicas e educacionais, isso representaria um incremento de cerca de 20 mil vagas nas quase 42 mil já existentes no Brasil, alta de quase 50%.

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Chamamentos públicos

Agora, os chamamentos públicos, segundo decreto publicado nesta quinta, deverão considerar alguns critérios.

Um dos critérios é a integração do curso ao sistema de saúde regional por meio de parcerias entre a instituição e unidades hospitalares (pública ou particular).

As vagas a serem preenchidas terão base em objetivos de inclusão social e oferta de formação médica especializada em residência médica.

Critérios para curso de Medicina

Nesta semana, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que esteve com o ministro da Educação, Camilo Santana.

Gallo confirmou que deverá formar um grupo de trabalho com representantes das entidades médicas para discutir os novos critérios.

“A criação do GT sinaliza positivamente no sentido de se buscar uma solução para esse tema. A abertura de escolas médicas não deve ter foco em aspectos quantitativos, mas qualitativos”, reforçou o presidente do CFM.

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