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Ministros do STF visitam presos na Penitenciária da Papuda, em Brasília

Ministro do STF Alexandre de Moraes experimenta comida do presídio - Foto: Reprodução/STF

Ministro do STF Alexandre de Moraes experimenta comida do presídio - Foto: Reprodução/STF

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, e o ministro Alexandre de Moraes visitaram na última segunda-feira (10) os presos no Complexo da Papuda denunciados por envolvimento nos atos terroristas de 8 de janeiro. 

Os ministros ouviram os detidos, inspecionaram as condições da penitenciária e avaliaram as condições da alimentação distribuída — Moraes, inclusive, provou a comida.

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Segundo a assessoria de imprensa do STF, os ministros informaram aos presos que o devido processo legal está sendo cumprido e que todos os casos estão sendo avaliados individualmente.

Visita STF

Depois, visitaram salas de aula e conversaram com outros presos, não envolvidos no 8 de janeiro.

Ainda de acordo com o Supremo, antes da visita aos presos os ministros ouviram as considerações da direção, inclusive com relação à necessidade de um maior número de agentes policiais, de forma a permitir que o complexo prisional esteja operacional em sua totalidade.

Moraes e Rosa foram recebidos pela titular da Vara de Execuções Penais de Brasília, juíza Leila Cury, e pelo diretor do Centro de Detenção Provisória II, Marcelo Praxedes.

Ao todo, 294 pessoas seguem presas em decorrência dos atos terroristas de 8 de janeiro.

Em 9 de janeiro, a Polícia Federal prendeu em flagrante 2.151 pessoas que haviam participado dos atos e estavam acampadas diante dos quartéis.

Destas, 745 foram liberadas imediatamente após a identificação, entre elas as maiores de 70 anos, as com idade entre 60 e 70 anos com comorbidades e cerca de 50 mulheres que estavam com filhos menores de 12 anos nos atos.

Aos liberados, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), foram aplicadas medidas cautelares aos acusados por crimes como incitação ao crime (artigos 286) e associação criminosa (artigo 288, parágrafo único), do Código Penal.

O Ministro Alexandre de Moraes considerou que eles já foram denunciados e não representam mais risco processual ou à sociedade neste momento, podendo responder ao processo em liberdade provisória.

No mês passado, a presidente Rosa Weber e o ministro Alexandre de Moraes já haviam visitado as mulheres detidas no presídio da Colmeia.

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Atos golpistas

A organização dos atos criminosos começou antes do dia 8 de janeiro.

Diversos ônibus chegaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no sábado (7) e domingo (8).

No domingo, às 14h, os criminosos percorreram 8 km até a Praça dos Três Poderes, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Os vândalos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Destruíram obras de arte, móveis, quebraram espelhos, vidros e janelas, depredaram computadores e roubaram armas.

Além disso, segundo o Sindicato dos Jornalistas do DF, cerca de 16 jornalistas foram agredidos ou tiveram materiais roubados pelos criminosos.

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