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Gabriela Hardt segue na condução dos processos da Lava Jato, determina TRF-4

Gabriela Hardt pediu mudança para outro tribunal, no entanto, pedido foi negado - Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

Gabriela Hardt pediu mudança para outro tribunal, no entanto, pedido foi negado - Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

A juíza Gabriela Hardt vai permanecer na condução dos processos remanescentes da Operação Lava Jato.

A magistrada não conseguiu transferência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.

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Ela havia requisitado remoção para Santa Catarina – Florianópolis e Itajaí -, mas o Conselho de Administração do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) indeferiu seu pedido.

A Corte tem jurisdição no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

No fim de maio, Gabriela se inscreveu em um concurso de remoção, disposta a se afastar de uma atmosfera hostil e deixar para trás as ações que restaram da Lava Jato.

Appio e a Lava Jato

O ambiente na 13.ª Vara é beligerante e opõe forças e tendências distintas desde a posse do juiz Eduardo Appio, como titular.

Sob suspeita de ameaçar o desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4, Appio foi afastado em meio a uma sucessão de medidas que adotou e que inquietam os expoentes da antiga força-tarefa da operação.

Entre os nomes dos “inquietos” estão o do senador e ex-juiz Sérgio Moro e o ex-procurador da República Deltan Dallagnol, deputado cassado recentemente.

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Hardt e Moro

Gabriela sentiu-se desconfortável na 13ª Vara e pretendia assumir função em Florianópolis ou em Itajaí.

No entanto, outros magistrados, mais antigos na carreira, manifestaram interesse em assumir as unidades que a magistrada visava.

Em razão do quesito de antiguidade, eles tiveram preferência e ficaram com as vagas.

Gabriela seguirá na condução dos processos da Lava Jato, uma vez que Eduardo Appio segue fora da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.

O pedido de remoção de Gabriela foi apresentado antes do afastamento de Appio.

Desde então, a juíza despachou em alguns processos da Lava Jato, inclusive se declarando suspeita para julgar ações contra o empresário Antônio Celso Garcia.

Conhecido como “Tony Garcia”, o ex-deputado afirma ter trabalhado como ‘delator infiltrado’ sob ordens de Sergio Moro.

Fiscalização

A 13.ª Vara está sob inspeção do Conselho Nacional de Justiça.

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, decidiu fazer uma fiscalização relâmpago na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Salomão também deve vistoriar os gabinetes dos desembargadores da 8ª Turma do TRF-4, que são responsáveis, em segunda instância, pelos processos da Operação.

Nesta sexta-feira (16), o magistrado deve ir a Curitiba para finalizar a auditoria na base da operação Lava Jato.

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