O presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Câmara, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), quer prorrogar o prazo de funcionamento da comissão por pelo menos mais 2 meses.
O prazo final está marcado para o dia 28 de setembro.
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Articulada por deputados da oposição ao governo, a CPI foi instalada em abril.
As invasões de terras registradas em áreas do sul da Bahia e de Goiás motivaram a criação do colegiado.
As sessões da CPI foram marcadas por divergências entre governistas e oposição, com embates devido a interrupções no tempo de fala de cada congressista inscrito.
Zucco argumentou que o grupo precisa de mais tempo para concluir as análises e apresentar o relatório, que será elaborado pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da comissão.
Os trabalhos, segundo Zucco, teriam sido atrasados pelo recesso de duas semanas da Casa.
Outra justificativa para o aumento do prazo seria a votação da reforma tributária.
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Próximos depoimentos
A CPI do MST pretende ouvir o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias nesta terça-feira (1).
Dias chefiou o GSI de janeiro a abril deste ano. Até março, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) era subordinada ao GSI.
Ricardo Salles, autor do pedido de convocação de Dias, disse que há relatórios da Abin desde 2019 sobre movimentações do MST e outros grupos.
A Abin fornecia informações aos estados para que as autoridades de segurança tomassem as providências em caso de invasões, por exemplo, relatou Salles.
Segundo o parlamentar, no entanto, desde janeiro, não houve mais nenhum envio. Portanto, os deputados querem questionar Dias sobre a questão.