O Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão destinar R$ 318,5 milhões para o programa Segurança e Soberania na Amazônia Legal (AMAS), voltado para ações de combate ao crime na floresta. Os recursos são do Fundo Amazônia.

A formalização da medida aconteceu nesta segunda-feira (17), durante cerimônia no Palácio do Planalto. Estavam presentes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante e os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Marina Silva (Meio Ambiente).

Em seu discurso, Lula cobrou agilidade nas ações. “Menos reunião, menos burocracia e mais fazer as coisas acontecerem. Estou falando para pedir agilidade, para a gente fazer as coisas acontecerem. Não tinha plano e dinheiro, e agora tem plano, tem dinheiro, e gente para executar. Nada mais pode nos atrasar”, disse.

O AMAS integra o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, criado em julho do ano passado. O objetivo éfortalecer as ações de combate ao crime organizado e ambiental nos estados da região Amazônica. O projeto prevê investimento total de R$ 1,2 bilhão.

Alertas

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, discursou durante a cerimônia e celebrou os investimentos. Mas, lembrou a importância de priorizar o desenvolvimento socioeconômico das comunidades.

“Temos que perseguir a agenda de desenvolvimento sustentável para gerar emprego e renda na Amazônia, melhorando a vida das pessoas” disse. 

Marina Silva abordou as iniciativas de enfrentamento às mudanças climáticas. “Mesmo que a gente consiga o desmatamento zero [até 2030, meta do governo], se o mundo não fizer a sua parte de redução de CO2, vamos perder a Amazônia do mesmo jeito, porque ela pode entrar no processo de salinização”, frisou a ministra.