O Supremo Tribunal Federal (STF) retirou, nesta segunda-feira (11), o sigilo da gravação de uma reunião do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.
Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), Bolsonaro estava desconfiado de que estivesse sendo gravado e afirmou “a gente nunca sabe se estão gravando”.
De acordo com a transcrição do áudio, gravado pelo ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, Bolsonaro queria dados sobre a investigação contra o senador do PL, Flávio Bolsonaro.
Deixar “fechadíssimo”
No encontro estavam o ex-presidente, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno e advogados de Flávio Bolsonaro. Ambos buscavam formas de obterem dados da investigação e deixar tudo “fechadíssimo”.
A gravação de Ramagem, faz parte do inquérito que investiga o uso da Abin para espionagem ilegal de Bolsonaro.
Dentro disso, uma das linhas de investigação da PF é de que o ex-presidente e seus aliados buscavam saber o responsável pela investigação secreta para, posteriormente, tirar a pessoa do processo.
Flávio Bolsonaro estava sob investigação a respeito de um possível esquema de rachadinha em seu gabinete durante o mandato como Deputado Federal.
Apesar de negar o crime, o Ministério Público identificou pelo menos 13 assessores que repassaram parte dos salários ao ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz.
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