A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) anunciou o início de uma “operação padrão” a partir desta segunda-feira (22).
O comunicado é da União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis) chama a gestão do presidente Lula de “governo do desmonte”.
Operação padrão é um termo utilizado quando servidores públicos, em forma de protesto, passam a executar minuciosamente normas e procedimentos.
A ação, embora não interrompa, tem intenção de diminuir o ritmo do trabalho. Isso, na prática, prejudica a eficiência e a produtividade, o que causa atrasos e dificuldade nas operações.
A Intelis afirma que a operação padrão pode comprometer o Concurso Nacional Unificado e a reunião do G20, que reúne governos das principais economias do mundo.
A instituição explicou que, além de trabalhar na proteção de terrorismo, espionagem e contraespionagem, também executa atividades em outras áreas que podem sofrer prejuízos. Uma delas é a realização do Enem dos Concursos.
A agência é um dos órgãos responsáveis por apontar itinerários para o transporte de provas e fiscais em regiões de difícil acesso, como na Amazônia.
A Intelis destacou ainda que as nomeações para o governo federal podem ser prejudicadas, uma vez que a Abin investiga indicações feitas para cargos públicos.
A agência também atua diretamente no trabalho de identificação de atividades ilegais e retirada de intrusos de terras indígenas.
Recomposição salárial
No comunicado, os servidores da Abin pedem recomposição salarial e alegam que o governo federal os ignorou completamente. Argumentam que não tiveram propostas oferecidas pelo Ministério de Gestão e Inovação (MGI), comandado por Esther Dweck.
“O MGI nos ofereceu humilhantes 0% de recomposição em 2025 para a base, punindo a única carreira com 20 padrões desde 2004”, diz a entidade.
Eles argumentam que o governo federal repetiu a proposta de 9,5% para 2025 e 5% para 2026 para o topo da carreira, considerada inviável.
Sem citar diretamente o caso da Abin paralela, os servidores ainda afirmaram que viveram o “governo do desvio”, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. E, agora na gestão Lula, vivem o “governo do desmonte”.
Abin Paralela
Desde o ano passado, a PF investiga a “Abin paralela”, um esquema de espionagem ilegal dentro da agência para monitorar desafetos do governo Bolsonaro.
A PF aponta que monitoraram ministros da Suprema Corte, deputados, senadores, advogados e jornalistas.
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