A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (8), a indicação de Gabriel Galipolo para a presidência do Banco Central.

Assim, a indicação seguirá em regime de urgência para o Plenário e deve ser votada na sessão deliberativa ainda nesta tarde.

Caso o Plenário aprove, Galípolo comandará a instituição por quatro anos. Ele foi indicado pelo presidente Lula para substituir Campos Neto. A indicação precisa contar com o apoio da maioria.

Quando o presidente Lula indicou Gabriel Galípolo para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central em 2023, ele conquistou o apoio de 39 dos 52 senadores que estavam presentes em Plenário.

Por fim, o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), foi o relator da indicação do economista (MSF 42/2024) no colegiado.

Quem é Gabriel Galípolo?

Gabriel Muricca Galípolo, de 42 anos, é economista formado em Ciência Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).

Economista já foi presidente do Banco Fator, instituição reconhecida em programas de privatização e parcerias público-privadas (PPPs) de 2017 a 2021.

Gabriel fundou a Galípolo Consultoria, em 2009, onde trabalhou até chegar ao Ministério da Fazenda. Atualmente, ocupa o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil.

Sabatina

A sabatina no Senado durou quse cinco horas e, durante a sessão, Galípolo respondeu questionamentos dos senadores.

Em sua fala inicial, Galípolo destacou, primeiramente, a importância do BC no cumprimento do sistema de metas de inflação.

Galípolo afirmou que o BC atua para garantir a estabilidade da moeda brasileira e destacou que a atuação do Banco é eficaz na manutenção da meta de inflação.

Questionado pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) se está sendo eficiente a limitação de juros de cartão de crédito em no máximo 100% do valor da dívida, ele garantiu que a “redução de juros é uma das agendas prioritárias para os próximos ciclos do Banco Central”.

Além disso, ele destacou o “crédito com garantia” como uma maneira de facilitar empréstimos.

Por fim, ele ressaltou que o Banco Central não tem papel sobre a regulamentação das bets. De acordo com o economista, a responsabilidade do BC é monitorar os impactos econômicos.

Ele citou ainda as consequências no consumo e no endividamento das famílias.