O Governo Federal fechou uma parceria com o Google para estender o acesso a serviços de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica.

Com essa parceria, a plataforma de pesquisa do Google facilitará a busca por informações sobre como buscar ajuda nesses casos.

Quando alguém pesquisar termos relacionados à violência contra a mulher, os resultados do Google exibirão os canais de atendimento.

Além disso, o buscador fornecerá links para a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, coordenada pelo Ministério das Mulheres.

Ellen dos Santos Costa, coordenadora-geral do Ligue 180, destacou que essa parceria com a empresa de serviços online é fundamental para divulgar o canal de atendimento às mulheres.

“É mais um passo importante para o enfrentamento da violência contra a mulher. O Google é um parceiro estratégico para potencializar a divulgação do Ligue 180 e suas formas de acesso”, afirmou.

Por fim, ela destacou que as informações aparecerão no topo das pesquisas e são confiáveis.

“Agora temos um grande reforço na prevenção da violência e no combate à desinformação. O buscador do Google fornecerá informações verificadas e confiáveis sobre o Ligue 180 no topo dos resultados de pesquisas relcionadas à violência contra a mulher”, concluiu.

Ligue 180

O Ligue 180 é um serviço gratuito que oferece informações sobre direitos e serviços, além de registrar e encaminhar denúncias de violência contra as mulheres.

Além disso, segundo o Governo, a Central funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo feriados.

Desde o ano passado, a Central lançou o atendimento exclusivo via WhatsApp pelo número (61) 9610-0180.

Além disso, retomou as capacitações das mais de 200 atendentes para um atendimento humanizado e profissional.

Feminicídio

Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei que aumenta a pena para feminicídio e crimes contra a mulher.

A nova lei determina que os condenados por assassinato de mulheres, motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero, cumpram uma pena mínima de 20 anos e máxima de 40 anos.

Atualmente, a lei impõe uma pena de 12 a 30 anos para feminicídio. Com a sanção presidencial, a nova legislação entra em vigor.

Além disso, a nova lei prevê a transferência do criminoso para outro estado em caso de ameaça à vítima.

Para lesão corporal, a pena passa a ser de até 5 anos. A progressão de regime só ocorrerá após 55% do cumprimento da sentença.

A nova lei também dá prioridade à tramitação de processos de crimes hediondos ou de violência contra a mulher em todas as instâncias judiciais.