A cada minuto, três medidas protetivas para mulheres são expedidas no país, chegando a 400 mil por ano. A informação foi declarada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ao lançar campanha pelo fim do feminicídio no país.
A campanha “Feminicídio Zero- Nenhuma violência contra a mulher” quer envolver toda a sociedade contra esse tipo de violência.
“O crime de feminicídio é um crime evitável. Ele é diferente dos outros crimes como homicídios, brigas de rua, por exemplo. Nós estamos querendo envolver toda a sociedade. Estamos fazendo articulações com várias empresas, grupos de mulheres do Brasil, clubes de futebol, porque nós queremos falar com os homens. O espaço do esporte é muito importante para que os clubes se mobilizem e passem mensagens para evitar a agressão e o abuso contra as mulheres, que são crimes”, disse a ministra Cida Gonçalves, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Medida Protetiva
Nesta quarta-feira (7), data em que a Lei Maria da Penha completa 18 anos, a ministra convocou que as mulheres e a população denunciem os casos de violência. As denúncias podem ser feitas ao Ligue 180, de forma anônima. A polícia é acionada.
Pelo telefone, as mulheres podem ainda tirar dúvidas e receber orientação e informação sobre medida protetiva. “Nós estamos preparadas para atender a todas as mulheres do país”, acrescentou. Em situação de emergência, a orientação é ligar para o número 190, quando a polícia será acionada.
“Você que está nos ouvindo, você que está em casa também nos ajude. A sua fala, o seu posicionamento vai fazer com que a gente de fato acabe com a violência contra as mulheres. Nós precisamos também dos homens. Nós precisamos que os homens digam para outros homens que a violência contra a mulher é crime”, afirmou.
Agosto Lilás: saiba como denunciar violência doméstica
Neste mês, foi lançado o Agosto Lilás, uma campanha de enfrentamento à violência doméstica contra a mulher. A Lei Maria da Penha, um marco no combate à violência contra a mulher, completa 18 anos.
Sancionada em 2006, a lei surgiu após a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes sofrer várias agressões e uma tentativa de feminicídio por seu marido, que a deixou paraplégica mesmo após solicitar uma medida protetiva.
Maria da Penha buscou justiça na Organização dos Estados Americanos (OEA), que condenou o Brasil a criar uma legislação para casos de violência doméstica e de gênero.
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