A Câmara dos Deputados vai finalizar nesta quinta-feira (12), às 9h, a votação do projeto de lei que propõe uma transição de três anos para o fim da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia.
A proposta também prevê a cobrança integral das alíquotas do INSS em municípios com até 156 mil habitantes.
Na quarta-feira (11), os deputados iniciaram a discussão sobre o projeto, mas a votação foi adiada devido à falta de quórum. Para concluir a votação, eram necessários 257 votos, mas apenas 237 deputados compareceram.
Principais medidas do projeto
O projeto inclui várias medidas para compensar a perda de arrecadação durante a transição, como:
- Atualização do valor de imóveis para o cálculo do imposto sobre ganho de capital.
- Uso de depósitos judiciais.
- Repatriação de valores não declarados levados ao exterior.
Atualmente, as empresas podem optar por pagar uma contribuição social sobre a receita bruta, com alíquotas de 1% a 4,5%, em vez de 20% de INSS sobre a folha de salários.
Detalhes da transição
O projeto prevê uma redução gradual da alíquota sobre a receita bruta e um aumento gradual da alíquota sobre a folha, de 2025 a 2027.
A partir de 2028, a alíquota de 20% sobre a folha de salários será restabelecida, e a contribuição sobre a receita bruta será extinta.
Entenda
O Projeto de Lei 1847/24, oriundo do Senado, foi elaborado após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar inconstitucional a Lei 14.784/23, que prorrogava a desoneração até 2027.
O STF alegou falta de indicação de recursos para compensar a perda de arrecadação. Após isso, foi acordado que as alíquotas permaneceriam as mesmas em 2024 enquanto se buscavam fontes de financiamento para os anos seguintes.
Destaques e rejeições
No dia 11, o Supremo concedeu o último prazo para a negociação e aprovação do projeto, antes que as alíquotas fossem restabelecidas integralmente, conforme decisão liminar do ministro Edson Fachin, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) sobre o tema.
Durante a sessão, todos os destaques apresentados pelos partidos foram rejeitados. Esses destaques incluíam propostas para:
- Reduzir multas para empresas que não enviassem informações fiscais sobre benefícios tributários.
- Retirar a obrigação de envio dessas informações ao Fisco.
- Excluir as multas para empresas que não reportassem os benefícios fiscais.
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*Com informações da Agência Câmara