Os rios que banham o estado do Amazonas apresentam baixa probabilidade de registrar cheias severas em 2024. A previsão do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indica que o pico da cheia deve ocorrer dentro de 45 dias.
Mesmo sem cheia histórica, o segundo semestre no Amazonas, período de vazante, acende alerta de monitoramento.
Conforme a pesquisadora do SGB, Jussara Cury, a cota do rio Negro, em Manaus, deve ficar abaixo da cota de inundação. Outros municípios também seguem a mesma tendência.
O monitoramento da SGB contempla os rios Negro, Solimões e Amazonas, nos municípios de Manaus, Manacapuru, Itacoatiara e Parintins. A região abriga mais de 2 milhões de pessoas.
“Em Manacapuru pode ficar próximo da cota de inundação. Em relação a Itacoatiara e Parintins, que ainda estão se recuperando da estiagem severa de 2023, os níveis ainda estão abaixo da faixa da normalidade. Da mesma forma, as previsões apontam tendência de níveis abaixo das cotas de inundação para estas estações”, diz a pesquisadora.
Mesmo com a previsão otimista que descarta a possibilidade de cheia extraordinária, a pesquisa destaca maior atenção à vazante.
“Felizmente, em 2024 não teremos uma cheia extraordinária, mas, ao mesmo tempo, como já falamos no primeiro alerta, estamos atentos ao período de vazante deste ano, que ocorrerá no segundo semestre”, afirma Alice Castilho, diretora de Hidrologia e Gestão Territorial.
Em 28 de setembro de 2023, a capital amazonense decretou emergência por conta da vazante histórica no rio Negro. Na época, outros municípios do Amazonas também enfrentaram a maior seca da região.