As estimativas do Governo do Amazonas são, mais uma vez, de impacto significativo da seca em 2024. Ao menos 600 mil pessoas devem ser afetadas, o que representa aproximadamente 15% da população do estado.
De acordo com a última atualização do Boletim Estiagem, divulgada em março deste ano, no mínimo 637 mil pessoas foram afetadas pela seca, com todos os 62 municípios em situação de emergência. Este número representa cerca de 159 mil famílias em todo o Amazonas.
Como medida de contenção dos efeitos da estiagem, estão previstas obras de dragagem dos rios e a construção de um píer provisório em Manaus. As obras, para garantir a navegabilidade, devem começar em junho.
O trabalho de dragagem será feito pelo Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com previsão de início imediato a partir da emissão das licenças ambientais.
O que é dragagem de rios?
Utilizado emergencialmente em setembro do ano passado para enfrentar a seca no Amazonas, o trabalho de dragagem envolve retirar sedimentos (como areias e outros materiais) do leito dos rios para facilitar a navegação de embarcações e evitar encalhes.
A dragagem ambiental é focada na remoção de uma camada superficial de sedimento contaminado por compostos orgânicos e inorgânicos, sem que voltem à superfície.
Para isso, é preciso que aconteçamr procedimentos rigorosos durante a operação de dragagem, transporte e manejo do material retirado. Há quatro variedades:
- Implantação/Aprofundamento: Para o crescimento portuário, atendendo à necessidade de receber navios maiores e com maiores profundidades nos canais de navegação;
- Manutenção: Para manter a profundidade local da água, que diminui gradualmente devido ao assoreamento. Assegura a navegabilidade e realização de manobras sem risco;
- Mineração: Destinada à extração de minerais com valor econômico, conhecida pela atuação do garimpo;
- Recuperação Ambiental: Para limpeza de áreas contaminadas, com equipamentos especializados para reduzir a suspensão de materiais.