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Amazônia: desmatamento em terras indígenas e Unidades de Conservação aumentou 79% nos últimos três anos

Em três anos do mandato do governo do Presidente Jair Bolsonaro (PL), o desmatamento na Amazônia bateu recorde, cerca de 79%. É o que aponta os dados do Instituto de Estudos Socioeconômicos (ISA), divulgado nesta quarta-feira, 22. 

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Em 2021, aconteceu a terceira alta consecutiva do desmatamento e também se registrou, pela primeira vez desde o início das medições, em 1988, que a devastação subiu por quatro anos seguidos.

Foram 13.235 km2 de degradação, o equivalente a dez vezes a área da cidade do Rio de Janeiro, um aumento de 22% em relação a 2020.

Nota técnica elaborada pelo ISA revela a consolidação da destruição da Amazônia, com perdas florestais severas ao longo dos últimos três anos em Terras Indígenas e Unidades de Conservação, áreas protegidas fundamentais para a proteção da sociobiodiversidade brasileira.

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Durante o período de medição, de agosto de 2020 a julho de 2021, o desmatamento no interior das áreas protegidas representou 16,7% do desmatamento total na Amazônia Legal.

As áreas protegidas estão sendo extremamente pressionadas não somente pelo desmatamento, mas também por outros tipos de degradação ambiental, como a exploração ilegal de madeira, garimpo, incêndios criminosos e grilagem crime facilitado por cadastros irregulares no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021, os órgãos ambientais perderam 40% dos investimentos totais para a proteção das florestas, o que se reflete nos índices catastróficos de desmatamento deste ano.

Unidades de Conservação

As Unidades de Conservação estaduais foram as áreas protegidas mais impactadas com o desmatamento e representam 9,6% do total em 2021.

Somente as Áreas de Proteção Ambiental estaduais respondem por 4,4%.

As Unidades de Conservação de proteção integral sofreram um aumento de 221,6%.

Campeã do desmatamento na Amazônia, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo Xingu (PA) é a área protegida mais desmatada da Amazônia, com mais de 53 mil hectares desmatados em 2021, de acordo com o Prodes. Em relação a 2020, o desmatamento aumentou 21% neste ano.

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