Em fevereiro, a Região Norte do Brasil concentrou 747 avisos de degradação e desmatamento da Amazônia Legal.

Os estados nortistas têm de 66,69% do total dos 1.120 alertas, o número é recorde para o mês de fevereiro. 

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e mostram que o mês de fevereiro alcançou a maior taxa do período desde 2016.  

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Ao todo, no segundo mês de 2023 foi registrado o equivalente a uma área total de degradação ou desmatamento da Amazônia Legal de 392,29 km². 

O número é maior que o tamanho da cidade de Curitiba, no Paraná, em área. 

Região Norte

Na Região Norte, uma área total de 175,15 km² somente em fevereiro sofreu com a remoção total ou parcial da cobertura florestal.

O desmatamento causado por atividade de mineração, por exploração madeireira e também por incêndios florestais. 

O Pará foi o estado do Norte que concentrou o maior número de áreas desmatadas ou degradadas: 61 km².

O estado foi seguido pelo Amazonas (48 km²) e por Roraima (38 km²).

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Brasil

No entanto, em relação ao Brasil, o estado que mais concentrou área degradada e desmatada em fevereiro foi Mato Grosso. 

O estado do Centro-Oeste contou sozinho com mais da metade da área degradada no mês de fevereiro, um total de 214 km² e 354 avisos.

Pará e Amazonas ocuparam a segunda e terceira posição, respectivamente. 

Para comparação, em janeiro de 2023, o número de avisos de degradação e desmatamento foi de 467, uma alta de 58% em fevereiro. 

A maior taxa de avisos registrada pelo Inpe foi em julho de 2019, quando foram registrados 10.385 alertas e a área total de avisos de desmatamento e degração foi de 3.887,83 km. 

Degradação e desmatamento

De acordo com o Inpe, os dados são classificados em diferentes graus de desmatamento e de degradação.

Segundo o órgão há a remoção total da cobertura florestal, área desmatada com sinais de uma cobertura vegetal e desmatamento causado por atividade de extração mineral.  

Já a degradação conta com a cicatriz de incêndio florestal caracterizado pela presença de áreas atingidas por fogo, podendo ter ou não vegetação.

A definição de degração pelo Inpe conta com a exposição do solo, mas com a presença de vegetação em estágio inicial. 

Além disso, a exploração madereira conta com duas classificações, a sem planejamento prévio, com construção desordenada de estradas e canais na floresta, e a baseada em um planejamento prévio com padrão regular de estradas e estoques.