Referência cultural e arquitetônica, o Teatro Nacional concluiu a primeira etapa da reforma nesta semana.

O ponto turístico do conjunto urbanístico de Brasília está sendo restaurado após ter as portas fechadas por irregularidades na estrutura.

As obras de restauração tiveram início em dezembro de 2022. As intervenções de segurança e acesso foram as primeiras partes a serem executadas.

“Estamos assegurando com essa obra questões de segurança. O teatro foi fechado exatamente por isso. As obras permitirão que as pessoas tenham uma saída de emergência rápida e sistemas de incêndio”, explica o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón.

O primeiro serviço finalizado foi o reservatório de incêndio, que conta com uma estrutura subterrânea de 202 metros quadrados em concreto com capacidade para 350 mil litros de água.

Duas saídas de emergência que podem ser acessadas pela Sala Martins Pena também foram construídas.

Elas contam com dois túneis com 37 metros de rampa cada, o que permitirá a chegada de ambulâncias, a melhor dispersão do público em caso de necessidade e a acessibilidade para pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção.

Uma escada pressurizada foi construída para impedir a entrada de fumaça e permitir deslocamento das pessoas que estiverem nos camarins e na área expositiva.

Além disso, foram substituídos todos os materiais inflamáveis das poltronas, do carpete e da cortina por itens antichamas.

Fachada

Agora, o teatro receberá serviços de pintura e limpeza nas fachadas. As equipes iniciaram o trabalho de recuperação pelas empenas laterais e no acesso ao foyer da Sala Martins Pena.

Entre as ações estão limpeza e pintura do concreto das fachadas, além de reformas no foyer. A aplicação da tinta começou pelo painel criado por Athos Bulcão, formado por blocos de concreto na lateral do prédio, virado para a Esplanada dos Ministérios.

As reformas serão feitas sem alterar o projeto original de Oscar Niemeyer. A pintura será branca, dando um aspecto mais brilhante ao espaço.

Ao mesmo tempo que a pintura está sendo feita, ocorre também a recuperação da fachada localizada na frente do foyer da Sala Martins Pena. As infiltrações que existiam na parte interna foram arrumadas e a pintura, renovada.

Reforma

Apenas nesta primeira fase de reformas, o investimento feito pelo Governo do Distrito Federal (GDF) chega a R$ 70 milhões.

Estão previstas mais três etapas de obras, que incluem a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o anexo.

Em janeiro de 2014, o Teatro Nacional Claudio Santoro teve suas portas fechadas.

O equipamento, que é considerado um dos maiores e mais emblemáticos do país, foi interditado pelo Corpo de Bombeiros e pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) por descumprir as normas vigentes de segurança e de combate a incêndio.

O projeto criado pelo arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer na década de 1960 não previa saídas de emergência, reservatório de incêndio e escadas pressurizadas.

*Com informações da Agência Brasília