O governo do Amazonas confirmou, nesta quinta-feira (25), que a empresa chinesa Build Your Dreams (BYD) vai produzir baterias para ônibus elétricos no Polo Industrial de Manaus (PIM).
O projeto foi aprovado durante a 307ª reunião do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam).
A BYD possui um complexo industrial em Manaus desde 2020, com investimento de R$ 15 milhões e vai expandir as operações para a fabricação de baterias de fosfato de ferro-lítio (LiFePO4).
O início da nova linha de produção de baterias terá um custo de R$ 154 milhões. A BYD deve aproveitar os 61 postos de trabalho já existentes na própria fábrica.
Codam
Durante a reunião do Codam, o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, considerou o projeto das baterias como revolucionário.
“Na reunião de hoje do Codam, foram aprovados 38 novos projetos, com investimento de mais de R$ 1,2 bilhão e mais de mil empregos. São números muito positivos. Quero destacar, dentre esses 38 projetos, um que revolucionará o transporte coletivo no Brasil, que é o projeto da BYD para a produção de baterias elétricas para ônibus, com a capacidade de produzir 1,5 mil baterias a cada mês. Isso mudará o perfil do transporte coletivo no Brasil em 70 meses, tornando-o mais barato, com custos menores e com uma diminuição da tarifa para todo o povo brasileiro”, destacou o secretário.
Acordo BYD
Em março, a BYD definiu um acordo com o governo federal para ampliar a produção de baterias em Manaus. O documento formaliza um termo que determina o Processo Produtivo Básico (PPB), garante benefícios fiscais e estabelece as etapas fabris mínimas para a produção das baterias.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro da Indústria e Desenvolvimento (Mdic), e Luciana Santos, ministra da Ciência e Tecnologia (MCTI), assinaram o acordo com os chineses.
Os módulos de baterias fabricados na capital do Amazonas serão enviados para Campinas (SP), onde a BYD realiza a montagem dos chassis de ônibus elétricos.
Além da BYD, o acordo com o governo federal também envolve as empresas WEG e Moura.
