Um empresário de 43 anos foi preso na noite da quinta-feira (31), em Boa Vista, após ser pego com 159 quilos de skunk, conhecida como “supermaconha”. De acordo com a Polícia Civil, alegou ter iniciado o tráfico de drogas para saldar dívidas acumuladas durante a pandemia.

A prisão aconteceu no bairro de Cauamé. Segundo a polícia, o homem, que não teve o nome divulgado, é um empresário que trabalha no ramo de transportes e levava o entorpecente em uma caminhonete.

O entorpecente estava distribuído em 154 tabletes, guardados em sacos de fibra dentro do veículo do empresário. Segundo informações da polícia, em depoimento, ele admitido envolvimento com o tráfico, relatando que a crise financeira provocada pela pandemia de COVID-19 o levou a esse caminho.

Empresário já era investigado pela polícia

De acordo com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil, as investigações sobre o empresário começaram após denúncias indicando seu envolvimento com grandes volumes de drogas em Roraima. Recentemente, outras pessoas ligadas ao suspeito, incluindo um primo, foram detidas na Guiana com suspeita de tráfico após o pouso de uma aeronave na Vila Bashaizon, localizada em Rupuni do Sul, na Região 9 do país vizinho.

As apurações indicaram que o grupo de traficantes utilizava aeronaves para transportar as drogas, uma estratégia que é conhecida como “modal aéreo”. O transporte ilícito incluía o uso de pistas clandestinas na Guiana e, posteriormente, a droga era enviada para Roraima por vias terrestres.

A polícia recebeu uma denúncia informando a presença de drogas na residência do empresário. Durante o dia, a Polícia Civil acompanhou os passos do suspeito, culminando na abordagem em sua casa. A investigação, que já estava em andamento há cerca de duas semanas, contou com a colaboração do Departamento de Narcóticos (Denarc), reforçando o combate ao tráfico na região.