O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou informações sobre as ocorrências de queimadas e incêndios florestais nos parques e espaços ambientalmente protegidos do Distrito Federal, registradas entre 2023 e 2024.
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram), o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) deverão comunicar as medidas adotadas para minimizar o problema.
O objetivo é acompanhar as causas, investigações e as medidas preventivas para enfrentar os focos de incêndios. Além das chamas no Parque Nacional, queimadas simultâneas ocorrem por todo o Distrito Federal.
O clima quente e seco ajudou a rápida propagação das chamas, e investigações sugerem que o incêndio pode ter sido criminoso.
Segundo o MapBiomas, em julho, foram 2.500 hectares de área queimada no DF. Em agosto, houve um aumento de 60% em relação ao mês anterior, com 4.000 hectares destruídos. Em setembro esse número cresceu ainda mais, atingindo 6.302 hectares de vegetação, de acordo com o CBMDF.
Para o promotor de justiça Roberto Carlos Batista, os impactos ambientais que os incêndios causam à fauna, à flora e aos recursos hídricos locais afetam diretamente o equilíbrio ecológico da região. E também, colocam em risco a saúde pública e a segurança da população.
“A urgência da situação exige medidas a curto, médio e longo prazo, pois compromete a segurança de todos, a saúde pública e o meio ambiente. O Estado precisa estabelecer um comitê permanente para o tema, como já existe em outras unidades da federação”, reforçou Batista.
O Ibram e o CBMDF tem 20 dias para mandar as informações. Já o prazo para resposta do ICMBio é de 30 dias.
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