Nesta terça-feira (22), durante uma premiação sobre democracia, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, condenou ataques ao judiciário.

“Decidimos de acordo com a constituição e a legislação. O papel do judiciário sempre será desagradar alguém, sempre há algum grau de rejeição”, afirmou o ministro da Corte.

Barroso ainda acrescentou que o papel do judiciário e do STF consiste na preservação do estado de direito e os direitos fundamentais. E que desta maneira “ninguém está imune a críticas, mas é preciso lembrar as coisas boas que a gente fez no país”.

O magistrado comparou a atuação do Supremo a uma autoestrada, que conecta cidades, pessoas e famílias, mas que, ocasionalmente, pode ter acidentes. “Ao fazer criticas, tem que lembrar o que fizemos de bom também”, concluiu ele.

A cerimônia de entrega do prêmio Dom Quixote e do troféu Sancho Pança, inspirada no clássico de Miguel de Cervantes, teve como objetivo homenagear figuras do mundo jurídico que se destacaram na defesa da ética, da justiça e dos direitos da cidadania.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, recebeu o troféu “Sancho Pança”, qie é concedido a quem já tem o “Dom Quixote” e continua com a atuação relevante na área.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), compareceu ao evento. Ele é defensor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), atualmente em tramitação no Congresso Nacional, que visa restringir as decisões monocráticas da Suprema Corte. Lira foi agraciado com o prêmio “Dom Quixote”, mas saiu da cerimônia sem conceder entrevistas à imprensa.