O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado como um relator da investigação que apura um suposto esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quinta-feira (24).
O caso chegou ao Supremo porque as apurações preliminares citam os ministros do STJ, que têm direito ao foto especial.
Em princípio, a suspeita principal dos investigadores era de que servidores dos gabinetes tivessem cometido as irregularidades à revelia dos ministros.
Em um relatório de transações financeiras, que foi elaborado pelo Conselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf), foi exigido o envio do processo ao Supremo, que agora está sob relatoria de Zanin.
As investigações apontam que um grupo de advogados e lobistas, com ajuda de funcionários dos gabinetes, compravam e vendiam decisões judiciais do STJ.
Mensagens revelaram que o grupo teria pago até R$ 50 mil a um interlocutor do tribunal para que a decisão fosse favorável em um caso.
Por conta do sigilo do assunto, o Supremo não informou mais detalhes do andamento do processo.
Ainda nesta quinta-feira (24), o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves foi alvo de uma busca e apreensão por estar supostamente envolvido no esquema de venda de decisões do STJ.
De acordo com o UOL. as investigações apontaram que o lobista compartilhou uma minuta de decisão do ministro Antônio Carlos Ferreira em agosto de 2019, mas a decisão só foi proferida em outubro do mesmo ano.