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Presidente do Banco Central diz que fim da escala 6×1 é ‘prejudicial’ para trabalhador

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, diz que Pix para ‘apostas’ subiu 200%.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que uma possível redução na jornada de trabalho, como é defendida na PEC para o fim da escala 6×1, vai prejudicar o trabalhador. A fala do presidente aconteceu em uma palesta do Fórum Liberdade e Democracia de Vitória nesta quinta-feira (14).

Campos Neto afirmou que a mudança vai aumentar o número de empregos informais e deixar o custo de contratação ainda mais caro.

A fala do presidente da instituição financeira aparece em um contexto onde a proposta de Emenda à Constituição (PEC) para o fim da escala 6×1 vem sido bastante debatida e apoiada.

A escala 6×1 consiste em uma jornada de trabalho em que o funcionário trabalha por seis dias e descansa apenas em um dia. A crítica nessa quantidade de dias de trabalho está relacionada ao pouco tempo de descanso e lazer do trabalhador.

“É um projeto que acho bastante prejudicial para o trabalhador, porque no final vai aumentar o custo de trabalho, informalidade e diminuir a produtividade”, declarou Campos Neto.

O chefe do Banco Central falou do assunto após comentar o efeito da flexibilização promovido pela reforma trabalhista na criação de empregos.

A reforma permitiu que se trabalhasse até 12 horas por dia, desde que o limite de 44 hotas semanas seja respeitado.

“Devemos continuar avançando nessas reformas e entender que, no final das contas, aumentando a obrigação dos empregadores, não melhoramos o direito dos trabalhadores. Tem essa ilusão de curto prazo que se mostra contrátia no médio e longo prazo”, afirmou.

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