Atualmente, Rondônia enfrenta uma situação crítica em relação à qualidade do ar, classificada como “péssima” nesta quarta-feira (11).

De acordo com o aplicativo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA), o estado apresenta concentrações de partículas que variam entre 125 e 201 micrômetros por metro cúbico (µg/m³).

A capital, Porto Velho, apresenta índices de poluentes que oscilam entre 141 e 151 µg/m³. Em comparação, municípios como Guajará-Mirim exibem níveis de 228 µg/m³, enquanto Cacoal registra 125 µg/m³.

Vale destacar que a classificação “péssima” é atribuída quando os níveis estão entre 125 e 160 µg/m³. Como resultado, os índices no estado ultrapassam consideravelmente essa categoria.

Por fim, na última terça-feira (10), um Instituto Federal de Rondônia suspendeu atividades ao ar livre devido à fumaça.

Rondônia registra maior número de queimadas em 14 anos

Entre janeiro e 5 de setembro de 2024, Rondônia registrou 7.282 focos de incêndio, que comprometem a qualidade do ar. Essa é a maior quantidade registrada em 14 anos, conforme o “Programa Queimadas” do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Comparado ao mesmo período de 2023, houve um aumento de 169%, já que no ano passado foram contabilizados 2.704 focos.

Esse aumento ocorre durante um período de estiagem e seca severa. O rio Madeira, monitorado desde 1967, atingiu níveis abaixo de um metro pela primeira vez. Porto Velho, a capital do estado, não recebeu chuvas significativas nos últimos três meses, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

O número de focos registrados entre janeiro e setembro de 2024 é comparável ao de 2010, quando foram identificados 7.293 focos.

Para a detecção dos focos, o Inpe especifica que é necessário que tenham pelo menos 30 metros de extensão por 1 metro de largura para os “satélites de órbita”, e o dobro desse tamanho para os satélites geoestacionários.

No mês de agosto de 2024, foram registrados 4.525 focos de queimadas, o que representa 68% do total do ano até o momento. O número é 163% superior aos 1.715 focos registrados em agosto de 2023.

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