Nesta quinta-feira (12), o Governo Federal reconheceu a situação de emergência em 26 municípios de Rondônia, por causa dos intensas queimadas que vêm assolando o estado.

Com a publicação do documento oficial no Diário Oficial da União, as prefeituras das áreas afetadas já podem, portanto, solicitar recursos federais para ações de defesa civil e mitigação dos danos causados pelas queimadas.

Além disso, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, em conjunto com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, emitiu a portaria, que entrou em vigor imediatamente.

Dessa forma, o reconhecimento abre caminho para que os municípios afetados recebam apoio financeiro e implementem, de forma urgente, as medidas emergenciais necessárias.

Inclusive, o estado enfrenta, nesta quinta-feira (12), uma grave crise de qualidade do ar, com índices classificados como “muito ruim” e “péssimo”. Confira os dados coletados pelo aplicativo SELVA.

Cenário crítico e números alarmantes

Os incêndios florestais em Rondônia atingiram níveis recordes, registrando o maior número de focos em mais de uma década. De acordo com dados do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre janeiro e agosto deste ano, o estado contabilizou cerca de 7,6 mil focos de incêndio.

Somente em agosto, Rondônia registrou mais de 4,5 mil focos, superando, assim, o total acumulado de janeiro a julho, que foi de 2.085 focos.

Além disso, nos primeiros 11 dias de setembro, o estado notificou 1.090 novos focos de incêndio, evidenciando ainda mais o agravamento da crise ambiental.

Seca extrema e colapso ambiental

Essas queimadas se intensificam em meio a uma seca extrema, o que tem agravado ainda mais a situação. Pela primeira vez, desde o início do monitoramento em 1967, o nível do rio Madeira caiu para menos de um metro.

Essa baixa histórica afetou diretamente as comunidades ribeirinhas, que perderam, infelizmente, seu sustento, ao ver as margens do rio, antes próximas de suas casas, desaparecerem completamente.

Além dos prejuízos econômicos, a fumaça densa gerada pelas queimadas cobriu Rondônia por semanas, causando uma péssima qualidade do ar em várias regiões.

Diante disso, o governo estadual decidiu, então, suspender as atividades ao ar livre nas escolas públicas e no Instituto Federal de Rondônia, como uma medida preventiva para proteger a saúde da população.

Municípios em estado de emergência por conta das queimadas em Rondônia

Veja abaixo os 26 municípios que, por sua vez, tiveram a situação de emergência reconhecida pelo Governo Federal:

  • Alta Floresta do Oeste
  • Alvorada do Oeste
  • Ariquemes
  • Cacoal
  • Campo Novo de Rondônia
  • Cerejeiras
  • Costa Marques
  • Cujubim
  • Espigão D’Oeste
  • Guajará-Mirim
  • Jaru
  • Ji-Paraná
  • Machadinho D’Oeste
  • Ministro Andreazza
  • Nova Mamoré
  • Ouro Preto do Oeste
  • Pimenta Bueno
  • Pimenteiras do Oeste
  • Porto Velho
  • Primavera de Rondônia
  • Rio Crespo
  • Santa Luzia D’Oeste
  • São Felipe D’Oeste
  • Urupá
  • Vale do Paraíso
  • Vilhena

Por fim, com a seca extrema e os incêndios fora de controle, Rondônia enfrenta um desafio urgente, que exige ações rápidas e coordenadas para conter a degradação ambiental e mitigar os impactos socioeconômicos que afetam, de maneira significativa, a população local.

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