Recentemente, voltou a ser discutida a adição da palavra “Anauá” no nome do município de São Luiz, situado no Sul de Roraima. Dessa vez, foi anunciada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe a mudança.
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O projeto é de autoria do deputado estadual Marco Jorge (Republicanos). Ele noticiou a proposta durante sessão na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) do dia 8 de agosto.
“Por costume, sempre chamamos o município de São Luiz do Anauá. O nome consta em documentos oficiais, na placa da Prefeitura, no timbrado do Poder Judiciário, entre outros. Mas, o município foi registrado apenas como São Luís”, justificou o parlamentar.
Importância cultural e histórica
Em todo o estado de Roraima, o município com pouco mais de 8 mil habitantes é popularmente chamado de São Luiz do Anauá.
O historiador e jornalista Maurício Zouein explicou que formalizar a palavra “Anauá” no nome do município de São Luiz é uma questão de respeito à cultura local, além de ser uma questão histórica por ser um debate antigo.
“O município foi batizado de São Luiz em homenagem à capital do estado do Maranhão, já que a maioria dos moradores do município são de origem maranhense. Esta foi uma forma de respeitar o local de origem e a cultura dessas pessoas”, iniciou.
Além disso, o especialista explicou que a população de São Luiz sempre teve uma relação muito forte com o rio Anauá, que fica próximo ao município.
“Também se torna uma forma de diferenciar a cidade roraimense da capital do Maranhão, São Luís”, acrescentou.
Homenagem em forma de Lei
A mudança do nome do município que, antes ocorria de forma cultural, tem a chance de ser institucionalizada.
Após o anúncio da PEC, opróximo passo é encaminhar o pedido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) para realizar o plebiscito e iniciar a votação, para que a população se manifeste favorável ou não a adição no nome do município.
“É a forma mais ilustre e bonita de homenagear duas culturas que cresceram juntas, além de atender um pedido antigo da população. Será uma nova etapa de consideração, respeito e reconhecimento daquele lugar”, concluiu o historiador.
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