Áreas agrícolas de 13 municípios de Roraima foram afetados pela falta de chuva

Roraima está entre os estados brasileiros que tiveram as áreas agrícolas prejudicadas pela seca na Amazônia, informou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Além disso, 79 municípios de oito estados estão com 80% das áreas agroprodutivas afetadas pela estiagem em setembro. 

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Resultado da falta de chuva, do aumento da temperatura e da redução na umidade do solo.

13 dos 15 municípios de Roraima já foram afetados pela estiagem, que prejudicou mais de 80% das áreas agrícolas.

Seca afeta outros estados do país

No estado do Pará a situação ainda é pior. Dos 144 municípios, 55 sentiram os impactos da estiagem no mês de setembro.

Deste total, 22 municípios estão com mais de 80% das áreas agroprodutivas afetadas, e outros 20 tiveram entre 60% e 80% das áreas destinadas à produção agrícola e à pecuária comprometidas pelas consequências da seca extrema.

Segundo o o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), essa é a seca mais severa dos últimos 40 anos em oito estados do país.

De acordo com a pesquisadora do Cemaden, Ana Paula Cunha, os números refletem a situação atual, mas os efeitos da seca extrema que atinge a região amazônica serão sentidos em janeiro.

“Fizemos o mapeamento onde já há déficit de chuvas, mas as previsões indicam volumes abaixo do esperado nos próximos meses, o que deve comprometer as principais safras, que são milho e feijão”, explicou a pesquisadora.

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Seca em Roraima deve durar até dezembro

A seca na Amazônia deve durar pelo menos até o mês dezembro, quando o fenômeno El Niño atingirá a máxima intensidade.

Desde maio, a região registra chuvas abaixo da média como consequência do inverno mais quente provocado pelo El Niño.

A falta de chuvas entre julho e setembro no interior do Amazonas e no norte do Pará foi o mais severo desde 1980.

“Em grande parte do Amazonas, Acre e Roraima, observa-se uma anomalia de chuvas de -100 a -150 milímetros. Devido ao déficit acumulado de precipitação, a umidade do solo alcançou níveis críticos ao longo do mês de setembro”, informou o Cemaden.