Ícone do site Portal Norte

O que é o transplante de cabeça que startup pretende realizar em 10 anos?

Transplante-de-cabeca-2

Em um vídeo divulgado nesta semana, a empresa detalhou os estudos conduzidos e o passo a passo do procedimento - Foto: BrainBridge/Reprodução

A startup de neurociência e engenharia biomédica BrainBridge anunciou que pretende estar pronta para realizar transplantes de cabeça em até dez anos.

Em um vídeo divulgado nesta semana, a empresa detalhou os estudos conduzidos e o passo a passo do procedimento.

Proposta como uma alternativa para tratar lesões na medula espinhal, cânceres terminais, doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer, além de paralisias, a cirurgia contará com o apoio de Inteligência Artificial (IA).

“Nosso objetivo é ultrapassar os limites da ciência médica e oferecer soluções inovadoras para aqueles que enfrentam condições potencialmente fatais”, afirmou Hashem al-Ghaili, biólogo molecular e diretor da empresa.

A BrainBridge destaca que o uso da IA será fundamental para minimizar o erro humano e ajudar na preservação das células cerebrais durante o processo.

O vídeo mostra robôs enxertando uma cabeça humana em um corpo saudável que sofreu morte cerebral. Segundo a empresa, o procedimento permitirá ao paciente manter suas memórias, consciência e habilidades cognitivas.

No entanto, o transplante não será simples. Após a cirurgia, o paciente passará quatro semanas em uma UTI sem movimentos para garantir a fixação da cabeça ao corpo, além de necessitar de fisioterapia e acompanhamento psicológico.

Controvérsia do transplante de cabeça

Apesar do potencial revolucionário, a ideia de transplantes de cabeça não é nova e é altamente controversa. O médico italiano Sergio Canavero vem gerando polêmica há anos com suas técnicas. Em 2017, ele afirmou ter realizado um transplante de cabeça em cadáveres como parte de seu treinamento.

O russo Valery Spiridonov, portador da Síndrome de Werdnig-Hoffman, uma doença degenerativa, havia se voluntariado para ser o primeiro paciente a passar pelo procedimento.

No entanto, ele desistiu em 2019 devido aos riscos envolvidos. Canavero ainda busca realizar o transplante nos Estados Unidos, mas enfrenta numerosos desafios éticos e médicos dentro da profissão.

Sair da versão mobile