Os termômetros de mercúrio foram amplamente utilizados durante décadas para medir a temperatura corporal, mas recentemente foram proibidos em muitos países, incluindo o Brasil.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) oficializou a proibição desses dispositivos, em parte, devido aos riscos ambientais e à saúde causados pelo mercúrio, um metal altamente tóxico.

Mas como esses termômetros funcionavam e por que eram tão populares antes de serem substituídos por opções mais seguras? Descubra ao longo deste texto.

O funcionamento dos termômetros de mercúrio

Os termômetros de mercúrio funcionam com base em um princípio simples da física: a dilatação térmica.

Quando a temperatura de um corpo varia, as partículas que compõem esse corpo se agitam mais ou menos, fazendo com que sua dimensão mude.

No caso do mercúrio, um metal líquido presente dentro de uma coluna de vidro, essa mudança de temperatura faz com que o mercúrio se expanda ou se contraia.

  1. Medindo a temperatura: quando o termômetro é colocado em contato com o corpo, o calor faz com que o mercúrio dentro do tubo de vidro se expanda. O mercúrio então sobe pela coluna, indicando a temperatura na escala marcada no vidro. Quanto maior a febre ou temperatura corporal, maior a expansão do mercúrio e, portanto, mais alto ele sobe na coluna.
  2. Volta à temperatura ambiente: quando o termômetro é removido, o mercúrio esfria e se contrai, voltando à sua posição original. Esse processo é bastante preciso, tornando os termômetros de mercúrio ferramentas confiáveis para medir a temperatura.

Riscos dos termômetros de mercúrio

Apesar de suas vantagens, os termômetros de mercúrio apresentavam riscos significativos, tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente.

O mercúrio é um metal líquido altamente tóxico, e em caso de quebra do termômetro, esse material podia se espalhar pelo ambiente, tornando-se perigoso para quem entrasse em contato.

O contato com o mercúrio pode causar uma série de problemas de saúde, incluindo:

  • Danos neurológicos: a exposição prolongada ao mercúrio pode prejudicar o sistema nervoso, causando dificuldades motoras, cognitivas e de comportamento.
  • Problemas renais: o mercúrio pode se acumular nos rins, causando sérios danos a esse órgão.
  • Problemas respiratórios e digestivos: o mercúrio inalado ou ingerido pode causar danos ao sistema respiratório e digestivo, afetando a função de órgãos importantes.

Além dos efeitos sobre a saúde, o mercúrio também representa um risco ambiental grave. Quando liberado no meio ambiente, ele pode contaminar solo e água.

Por isso, o descarte inadequado dos termômetros de mercúrio contribui para a poluição ambiental, tornando-o uma preocupação global.

Alternativas aos termômetros de mercúrio

Com a proibição dos termômetros de mercúrio, várias alternativas seguras e eficazes surgiram no mercado.

Os termômetros digitais, por exemplo, são amplamente utilizados hoje em dia, sendo precisos, fáceis de usar e livres de materiais tóxicos.

Além dos termômetros digitais, os modelos infravermelhos também se tornaram populares, especialmente durante a pandemia de COVID-19.

Eles permitem a medição de temperatura sem contato, o que é uma vantagem adicional em termos de segurança e higiene.

Como descartar termômetros de mercúrio

Se você ainda possui um termômetro de mercúrio em casa, é importante saber como descartá-lo adequadamente para evitar danos ao meio ambiente e à saúde.

Caso o termômetro quebre, siga estas instruções:

  1. Isole o local: evite que crianças ou animais de estimação entrem em contato com o mercúrio.
  2. Use proteção: utilize luvas e máscara ao manusear os restos do termômetro.
  3. Recolha o mercúrio com cuidado: utilize um papel ou cartão para juntar as gotas de mercúrio e coloque-as em um recipiente resistente.
  4. Descarte adequado: entre em contato com as autoridades locais de limpeza para saber como descartar o material corretamente.

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