Ícone do site Portal Norte

Por que a Anvisa proibiu termômetros de mercúrio?

anvisa termômetros-capa

A decisão é resultado de uma iniciativa aprovada em 2022 - Foto: Divulgação/Anvisa.

A proibição dos termômetros de mercúrio no Brasil é um tema relevante e que envolve questões de saúde pública e ambientais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formalizou a proibição em 2019, mas o processo de eliminação desses dispositivos começou anos antes.

A Anvisa emitiu a primeira resolução sobre o tema em 2017, a RDC 145/2017, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2019.

Recentemente, a agência revisou a norma e manteve a proibição dos termômetros de mercúrio. Essa decisão foi baseada em acordos internacionais e no objetivo de proteger a saúde pública.

A principal razão para a proibição é o risco que o mercúrio representa ao meio ambiente e à saúde humana.

Em caso de quebra de um desses dispositivos, o mercúrio é liberado no ambiente e pode causar contaminação. A exposição prolongada a esse metal pode gerar danos à saúde.

A proibição dos termômetros de mercúrio está diretamente ligada à Convenção de Minamata, assinada pelo Brasil e outros 140 países em 2013.

Esse acordo internacional visa eliminar o uso do mercúrio em diversos produtos, como pilhas, lâmpadas e equipamentos médicos, devido aos seus riscos ambientais e à saúde.

A Convenção de Minamata foi um marco na regulamentação do mercúrio, reconhecendo-o como uma substância altamente tóxica.

A exposição prolongada ao mercúrio pode levar a problemas de saúde sérios, como danos ao sistema nervoso central, problemas renais e cardiovasculares.

Por que a Anvisa proibiu os termômetros de mercúrio?

O mercúrio, apesar de eficiente em medições de temperatura e pressão, é extremamente perigoso quando liberado no ambiente.

Os termômetros digitais, por exemplo, já estavam disponíveis no mercado muito antes da proibição oficial e têm se mostrado uma solução prática e ambientalmente segura.

Riscos associados ao mercúrio

O termômetro de mercúrio consiste em um tubo de vidro contendo mercúrio líquido, que se expande e contrai conforme a temperatura.

Quando um termômetro desse tipo quebra, pequenas gotículas de mercúrio podem se espalhar pelo ambiente, e a inalação ou contato com o metal pode causar problemas de saúde.

Entre os riscos associados à exposição ao mercúrio estão:

Descarte correto de termômetros de mercúrio

Apesar da proibição, muitas pessoas ainda possuem termômetros de mercúrio em suas residências. Nesses casos, é fundamental saber como proceder no caso de quebra do dispositivo.

O mercúrio não deve ser manipulado diretamente, e é essencial adotar medidas de segurança, como usar luvas e máscara.

Se um termômetro de mercúrio quebrar, siga estas orientações para o descarte adequado:

  1. Isole o local para evitar que crianças ou animais entrem em contato com as bolinhas de mercúrio.
  2. Utilize luvas e recolha os restos de vidro com toalhas de papel, colocando-os em um recipiente resistente.
  3. Junte as gotículas de mercúrio com papel ou seringa sem agulha e coloque-as em um frasco com água, fechando-o hermeticamente.
  4. Identifique o frasco como “Resíduos Tóxicos contendo Mercúrio” e entre em contato com os serviços de limpeza urbana para saber o destino correto.

Alternativas seguras

Com a proibição dos termômetros de mercúrio, as opções digitais se tornaram a principal alternativa. Eles são seguros, fáceis de usar e não oferecem risco ambiental.

Além dos termômetros digitais, os infravermelhos também ganharam popularidade, especialmente durante a pandemia de COVID-19, por sua praticidade e precisão.

Portal Norte traz as últimas notícias do Norte do Brasil, cobrindo Amazonas, Brasília, Acre, Roraima, Tocantins e Rondônia. Fique atualizado com nosso conteúdo confiável.

Sair da versão mobile