A proibição dos termômetros de mercúrio no Brasil é um tema relevante e que envolve questões de saúde pública e ambientais.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formalizou a proibição em 2019, mas o processo de eliminação desses dispositivos começou anos antes.
A Anvisa emitiu a primeira resolução sobre o tema em 2017, a RDC 145/2017, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2019.
Recentemente, a agência revisou a norma e manteve a proibição dos termômetros de mercúrio. Essa decisão foi baseada em acordos internacionais e no objetivo de proteger a saúde pública.
A principal razão para a proibição é o risco que o mercúrio representa ao meio ambiente e à saúde humana.
Em caso de quebra de um desses dispositivos, o mercúrio é liberado no ambiente e pode causar contaminação. A exposição prolongada a esse metal pode gerar danos à saúde.
A proibição dos termômetros de mercúrio está diretamente ligada à Convenção de Minamata, assinada pelo Brasil e outros 140 países em 2013.
Esse acordo internacional visa eliminar o uso do mercúrio em diversos produtos, como pilhas, lâmpadas e equipamentos médicos, devido aos seus riscos ambientais e à saúde.
A Convenção de Minamata foi um marco na regulamentação do mercúrio, reconhecendo-o como uma substância altamente tóxica.
A exposição prolongada ao mercúrio pode levar a problemas de saúde sérios, como danos ao sistema nervoso central, problemas renais e cardiovasculares.
Por que a Anvisa proibiu os termômetros de mercúrio?
O mercúrio, apesar de eficiente em medições de temperatura e pressão, é extremamente perigoso quando liberado no ambiente.
Os termômetros digitais, por exemplo, já estavam disponíveis no mercado muito antes da proibição oficial e têm se mostrado uma solução prática e ambientalmente segura.
Riscos associados ao mercúrio
O termômetro de mercúrio consiste em um tubo de vidro contendo mercúrio líquido, que se expande e contrai conforme a temperatura.
Quando um termômetro desse tipo quebra, pequenas gotículas de mercúrio podem se espalhar pelo ambiente, e a inalação ou contato com o metal pode causar problemas de saúde.
Entre os riscos associados à exposição ao mercúrio estão:
- Sequelas neurológicas: exposição prolongada pode afetar o sistema nervoso central, resultando em problemas cognitivos e motores.
- Danos renais: o mercúrio pode se acumular nos rins, causando danos irreversíveis.
- Contaminação ambiental: o mercúrio contamina solos e corpos d’água, afetando ecossistemas e, por consequência, a cadeia alimentar.
Descarte correto de termômetros de mercúrio
Apesar da proibição, muitas pessoas ainda possuem termômetros de mercúrio em suas residências. Nesses casos, é fundamental saber como proceder no caso de quebra do dispositivo.
O mercúrio não deve ser manipulado diretamente, e é essencial adotar medidas de segurança, como usar luvas e máscara.
Se um termômetro de mercúrio quebrar, siga estas orientações para o descarte adequado:
- Isole o local para evitar que crianças ou animais entrem em contato com as bolinhas de mercúrio.
- Utilize luvas e recolha os restos de vidro com toalhas de papel, colocando-os em um recipiente resistente.
- Junte as gotículas de mercúrio com papel ou seringa sem agulha e coloque-as em um frasco com água, fechando-o hermeticamente.
- Identifique o frasco como “Resíduos Tóxicos contendo Mercúrio” e entre em contato com os serviços de limpeza urbana para saber o destino correto.
Alternativas seguras
Com a proibição dos termômetros de mercúrio, as opções digitais se tornaram a principal alternativa. Eles são seguros, fáceis de usar e não oferecem risco ambiental.
Além dos termômetros digitais, os infravermelhos também ganharam popularidade, especialmente durante a pandemia de COVID-19, por sua praticidade e precisão.
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