O clima no segundo semestre de 2024 será marcado pela incerteza e por um fenômeno La Niña atípico. Entre as possibilidades, há a incidência de furacões no Atlântico Norte que podem agravar a seca na Amazônia, que já afeta os municípios do Amazonas.
O aquecimento do Atlântico, que impulsiona sistemas atmosféricos capazes de gerar furacões e seca simultaneamente, é um fator crítico.
Segundo Tércio Ambrizzi, coordenador do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas da USP, os furacões podem influenciar a precipitação na Amazônia.
Em 2024, a temporada de furacões no Atlântico Norte, prevista para ter de 17 a 25 ciclones, pode afetar o clima da região amazônica. O furacão Beryl, formado mais ao sul do que o normal, exemplifica essa mudança de padrão, batendo três recordes: localização, formação precoce e intensificação rápida.
Normalmente, os furacões do Atlântico Norte não impactam o clima na América do Sul, mas o aumento das temperaturas oceânicas alterou esse cenário, e ampliou a escala de intensidade dos furacões para acomodar fenômenos mais extremos.
O climatologista José Marengo alerta que setembro será crucial para a Amazônia. Se as chuvas não ocorrerem, a região poderá enfrentar uma situação grave no final de 2024 e início de 2025.
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