Mais de 120 mil eleitores no estado do Amazonas enfrentarão dificuldades em decorrência da seca severa e histórica que afeta a região, durante as eleições municipais programadas para este domingo (6).

Estima-se que cerca de 15 mil pessoas necessitem de helicópteros para chegar aos locais de votação, que estão comprometidos em diferentes níveis devido à estiagem. No total, 263 locais de votação e 504 seções são afetados.

Para lidar com os desafios impostos pelas vazantes, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) desenvolveu um plano estratégico.

Para garantir a entrega das urnas e o acesso dos eleitores em áreas remotas, a entidade identificou 78 locais de votação que necessitam de transporte aéreo de forma preventiva.

Esses 78 locais atendem um total de 27.777 eleitores em 136 seções, incluindo 30 áreas indígenas que contam com 55 seções eleitorais, totalizando 12.890 eleitores.

Transporte de urnas

Os helicópteros, que fazem parte do Ministério da Defesa, serão empregados tanto para transportar as urnas quanto para ajudar os eleitores. No entanto, o TRE-AM ainda não possui um levantamento detalhado sobre a situação até o final do pleito.

A equipe classificou o monitoramento das condições de acesso em quatro categorias:

  • Normal: sem impactos causados pela seca;
  • Moderada: dificuldades de acesso, com aumento no tempo de deslocamento;
  • Severa: dificuldades significativas que podem exigir ajuda de transporte; e
  • Impeditiva: locais que podem ficar isolados e que precisarão do uso de helicópteros.

Número de eleitores em cada situação

Atualmente, 15.953 eleitores se encontram em situação impeditiva, distribuídos em 67 seções e 35 locais de votação. A situação severa abrange 44.137 eleitores, com 192 seções em 108 locais de votação. Já 60.291 eleitores estão em situação moderada, com 245 seções em 120 locais de votação.

Na normalidade, o número de eleitores atinge 2.629.959, com 7.868 seções e 1.295 locais de votação. Vale ressaltar que esses números podem aumentar no balanço pós-eleições, uma vez que os níveis dos principais rios amazônicos continuam a baixar.