Na manhã desta quinta-feira (10),
O secretário municipal Edmilson Vieira das Virgens foi preso em flagrante suspeito de lavagem de dinheiro em Palmas (TO).
O titular da pasta de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais de Palmas foi detido pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (10).
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A prisão ocorreu durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em duas operações distintas.
Conforme a PF, as ações têm como foco a investigação de possíveis fraudes em contratos públicos ligados à área da educação na cidade.
As operações também visam apurar denúncias de contratação direta ilegal, corrupção e lavagem de dinheiro.
Momentos antes da detenção do secretário, as autoridades da PF descobriram uma residência que funcionava como esconderijo, abrigando diversas bolsas e caixas repletas de dinheiro e joias.
A apreensão significativa de dinheiro e objetos de valor aconteceu como parte das ações de busca e apreensão realizadas pela PF.
As operações se concentram em dois contratos específicos, ambos levantando suspeitas de irregularidades: o contrato de transporte escolar e o contrato de compra de materiais pedagógicos.
O valor combinado desses contratos está estimado em mais de R$ 30 milhões.
Um ponto de atenção é que ambas as contratações foram realizadas sem a realização de licitações, o que levanta questionamentos sobre a transparência e a legalidade desses processos.
No caso do contrato de transporte escolar, a cidade de Palmas estava desembolsando cerca de R$ 110 mil por dia, totalizando quase R$ 20 milhões em 180 dias.
A rapidez com que esse contrato foi estabelecido, em apenas dois dias, chamou a atenção das autoridades policiais.
As investigações que levaram a essas operações começaram após denúncias apresentadas às autoridades competentes.
Tanto a Prefeitura de Palmas quanto a prefeita Cinthia Ribeiro expressaram cooperação com as investigações em andamento.
A prefeita afirmou que nenhuma denúncia contra sua administração ficou sem resposta durante seus anos no comando da Prefeitura de Palmas.
Ela enfatizou que colaborará integralmente com a PF para esclarecer as acusações e ressaltou que nenhum gestor está imune a investigações.
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A gestora municipal emitiu esclarecimentos sobre os contratos investigados.
O contrato de transporte escolar, que está sob investigação, foi assinado emergencialmente no início do ano, sem licitação, devido à falta de empresas que se encaixassem nos critérios do processo licitatório.
No entanto, o município estava em processo de licitação para a contratação definitiva de uma empresa para o transporte escolar.
Quanto ao contrato de aquisição de materiais didáticos, a prefeitura defende que o processo foi conduzido em conformidade com as leis, e todas as informações solicitadas pelos órgãos de controle foram fornecidas.
Além disso, o contrato em questão já foi arquivado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).