Mais um caso de feminicídio foi registrado em Palmas na tarde desta segunda-feira (27).
Madalena dos Santos Marques, 50 anos, foi morta a facadas pelo então companheiro dentro da própria residência.
Conforme levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins este é o 18º caso de feminicídio registrado no estado de janeiro a novembro deste ano.
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O caso se deu no Aureny III, região sul de Palmas. O suspeito, Felipe de Jesus Magalhães, de 26 anos, e Madalena viviam juntos há cinco anos.
Segundo testemunhas, a relação era tumultuada devido ao abuso de álcool e drogas por parte do agressor.
Felipe estava preso desde outubro deste ano após ter arremessado o celular na testa de Madalena. Na ocasião da denúncia, Madalena optou por não pedir medida protetiva.
Ele havia deixado a prisão há dois dias por ordem judicial do juiz Antiógenes Ferreira de Souza, da Vara de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
Segundo a Polícia Militar (PM) a corporação foi acionada por volta das 17h para atender a ocorrência.
Quando os militares chegaram ao local, a vítima se encontrava caída no chão. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada e confirmou o óbito.
Madalena foi encontrada deitada na cama com graves ferimentos de duas facadas, uma na altura da cintura e outra no peito. A PM informa que o autor do crime estava sentado na varanda da residência, não tentou fugir do local e foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio.
O suspeito foi levado para a 2ª Delegacia Especializada em Atendimentos à Mulher (2ª DEAM) de Taquaralto.
Reincidência do agressor
Felipe havia sido preso em outubro deste ano pela Lei Maria da Penha após arremessar um celular na testa de Madalena.
O suspeito responde a uma ação criminal por lesão corporal cometida contra a vítima.
Segundo a denúncia do promotor Konrad Cesar Resende Wimmer, no dia 5 de outubro deste ano, por volta das 3h40, na residência do casal.
O promotor afirma que após ingerir bebida alcoólica, sem motivo aparente, Felipe Magalhães arremessou um celular na testa da vítima e causou um corte.
Madalena chamou um veículo de aplicativo. O motorista se recusou a transportá-la, por estar ensanguentada, mas acionou a polícia.
Os policiais levaram os dois para a Central de Atendimento à Mulher e houve a formalização da prisão em flagrante. Segundo o promotor, a vítima manifestou não ter interesse em medidas protetivas de urgência.
Ele havia deixado a prisão há dois dias por ordem judicial do juiz Antiógenes Ferreira de Souza, da Vara de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
Durante audiência, no dia 24 deste mês, o juiz atendeu pedido do defensor público Luis Gustavo Caumo, feito no dia 17, e soltou Felipe Magalhães.
No pedido de soltura, o defensor discordou da acusação ministerial por ser “incompatível com a realidade fática e injusta” ao marido. Segundo o defensor, durante a instrução processual ele iria provar que o cliente não praticou os fatos denunciados.
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