Karle Cristina Vieira Bassorici e seu recém-nascido morreram no Hospital e Maternidade Dona Regina (HMRD), na última quarta-feira (30), em Palmas. O caso tomou repercussão na capital e além da família e amigos, a população questiona o que pode ter acontecido com a mãe e o bebê.
Em entrevista a equipe da TV Norte Tocantins, o advogado da família, Breno Vieira, relatou o que aconteceu e quais medidas estão sendo tomadas, para desvendar o caso. De acordo com o profissional do direito, Karle passou mal ainda na noite da última terça-feira (29) e buscou atendimento no Hospital e Maternidade Dona Regina.
Lá ela teria recebido o primeiro atendimento, se queixando de dores e recebeu uma medicação injetável. Depois, foi liberada para casa. O advogado relatou ainda que não feito nenhum exame na noite em que a gestante foi até a unidade pela primeira vez.
Mas durante a madrugada, as dores não passaram e por isso, por volta das 6h, Karle voltou para o HMRD.
“Ela á chegou em estado grave, com sangramento, quando foram feitos os primeiros exames. Identificaram então que o bebê estava com batimentos cardíacos, porém fracos. Daí então, o bebê foi retirado, sem vida. E a mãe foi tendo complicações durante toda a manhã e veio a óbito no período da tarde”, relatou o advogado Breno Vieira.
Breno completou dizendo que as informações de outros profissionais do hospital, são de que o bebê teria nascido com vida e que, inclusive, foram feitos procedimentos de reanimação.
“Porém, ainda não temos informações concretas sobre isso. Inclusive o atestado de óbito foi registrado como natimorto, como se o bebe já estivesse nascido sem vida”, informou Breno Vieira.
A família registrou um boletim de ocorrência e o delegado solicitou um exame do Instituto Médico Legal, para que seja apurada possíveis reações aos medicamentos que Karle tomou na noite anterior ao parto. Agora, o trabalho de investigação continua, para entender o que aconteceu a mãe e o bebê, que foram a óbito logo após o parto.
“Primeiro vamos apurar o que realmente aconteceu e ter acesso ao prontuário médico, que até então não foi disponibilizado para a família. A equipe do Dona Regina deu um prazo de 30 dias”, explicou o advogado, que acrescentou que o prazo do laudo do IML também é de 30 dias.
O que diz a Secretaria de Estado de Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) lamenta profundamente o falecimento da paciente Karle Cristina Vieira Bassorici e seu recém-nascido, ocorrido na quarta-feira, 30, no Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR).
A SES-TO esclarece que a referida paciente foi acolhida no HMRD, na terça-feira, 29, às 22h02 quando foi avaliada e recebeu alta hospitalar, sob a orientação de retornar ao local em caso de alteração do quadro clínico.
A SES-TO destaca que na quarta-feira, 30, às 6h48, a paciente retornou, quando foi avaliada, fez o parto às 7h45 e após o procedimento agravaram-se os quadros clínicos e mesmo com todos os esforços da equipe multiprofissional, lamentavelmente foram a óbito.
A SES-TO pontua que todos os trâmites internos da unidade hospitalar foram efetuados e aguarda o relatório do Instituto Médico Legal (IML), para onde o corpo da paciente foi encaminhado, para tomar as medidas cabíveis.