Alguns setores já estão explorando a seca intensa que se aproxima do Amazonas, cobrando preços exorbitantes por seus serviços.  A denúncia é do senador Plínio Valério (PSDB-AM).

Valério cita como exemplo as empresas de navegação de transporte de cargas. O alerta surgiu a partir de um comunicado enviado pela MSC, uma das principais responsáveis pelo transporte fluvial na região, a empresas do Polo Industrial de Manaus.

A transportadora anunciou a cobrança de uma taxa de US$5 mil por contêiner, válido para todas as cargas, incluindo contêiner refrigerado e equipamentos especiais. Segundo o senador, esta taxa impactará diretamente na competitividade dos produtos da Zona Franca

“Eu avisei que isso aconteceria lá atrás. Agora já começam a colocar as garras de fora para faturar em cima do que pode se transformar num drama para milhares de famílias. Dramas que nós já vimos no ano passado, principalmente para aquelas famílias que moram no interior do Amazonas, sem falar, claro – e essa ameaça é pertinente e está real – na economia estadual. As principais empresas de navegação que atendem a Amazônia já comunicaram que querem cobrar US$5 mil de ‘taxa de pouca água’ por contêiner”, denunciou Plínio. 

O senador anunciou que irá pedir providências do governo federal para coibir este tipo de ação. 

BR 319

Plínio Valério voltou a dizer que uma alternativa para evitar esse tipo de exploração que tanto prejudica também o abastecimento de alimentos e remédios, seria a reconstrução da BR 319. Isto, segundo o parlamentar, acabaria com a dependência do transporte fluvial .

O senador teme que os preços exorbitantes afetem a competitividade dos produtos do Pólo Industrial de Manaus. “A taxa de sobrecarga do baixo nível de água é aplicável a todos os contêineres dirigidos a Manaus e, claro, de Manaus para todos os demais portos.  Isto significa que o preço vai estar lá em cima e que o consumidor na ponta vai ser prejudicado” adverte Valério. 

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