A Policial penal que denunciou assédio por parte dos gestores da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) é alvo de ‘deboche’ em vídeo que circula nas redes sociais.
O vídeo que circula nas redes sociais dá uma conotação de que as denúncias de assédios feitas pelas policiais penais fosse ‘frescura’. Confira a matéria.
No vídeo, há uma fala dela dando uma entrevista para imprensa afirmando que está psicologicamente doente devido aos assédios e em seguida um vídeo dela dançando.
Entre as denúncias feitas pelas policiais penais está: perseguição, humilhação, assédios e abuso de poder por parte dos gestores da Sejuc. Confira a matéria.
Denúncia da policial penal:
Marcelle Barbalho, policial penal de Roraima há 11 anos. Atualmente, trabalha no Centro de Progressão Penitenciário (CPP).
Em entrevista ao Portal Norte, ela afirmou que encontra-se afastada por questões psiquiátricas, por conta dos assédios sofridos pelo gestor responsável pela unidade CPP.
“O assédio moral é uma prática que acontece repetidas vezes com condutas no intuito vexatório com piadas e falas que constrange, sempre com viés de perseguição”.
A policial penal diz que a situação de demonstrar como o assédio acontece é delicada, por não ter imagens que mostrem, mas que vive as consequências.
“Hoje a minha dificuldade em dormir, eu me sinto muito mal e a questão mental é pior do que a física, porque faz com que eu me sinta limitada, incapaz, destrói a autoestima”.
Posicionamento da Policial sobre o vídeo:
A policial penal se posicionou sobre o vídeo que circula nas redes sociais ‘debochando’ das denúncias de assédio que ela e outras policiais fizeram à imprensa.
“É complicado até para colocar em palavras, porque eu me sinto muito desrespeitada. Estou levantando uma bandeira contra o assédio e sendo ridicularizada em um vídeo retirado de contexto”.
Marcelle afirma também que registrou um Boletim de Ocorrência sobre o caso. Além disso, diz que mesmo após as denúncias de assédio a situação não mudou e continua tomando remédio controlado.
“As devidas providências estão sendo tomadas, eu continuo fazendo uso de medicação, eu continuo afastada do trabalho. Eu denunciei por mim e por outras mulheres os casos de assédio moral e estou sendo ridicularizada, é um desrespeito muito grande, é muito doloroso”.
NOTA DA SEJUC:
Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania lamentou as acusações infundadas relacionadas à suposta autoria de vídeo em circulação nas redes sociais e repudia a exposição de qualquer servidor.
afirmou ainda que a Sejuc é um órgão de Estado que trabalha com a legalidade e responsabilidade na execução da segurança pública.
A nota segue afirmando que nos últimos anos, tem incentivado a valorização das mulheres, e prova disso, segundo a secretaria, é a presença de inúmeras policiais penais femininas em posições de destaque na secretaria, desde a secretária-adjunta, até a direção de unidades e departamentos.
