Silvio Almeida assumiu, nesta terça-feira (3), o cargo de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, em Brasília (DF).

“Com esse compromisso quero ser ministro de um país que põe a vida e a dignidade em primeiro lugar”, disse durante cerimônia na sede da pasta.

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O ministro afirmou que presente, passado e futuro são realidades entremeadas e citou um ditado “yoruba” para falar que as ações de hoje vão refletir no amanhã.

“Exu matou pássaro ontem só com a pedra que jogou hoje”, disse.

Antes do início do evento uma fila extensa se formou na entrada do Ministério dos Direitos Humanos, na Esplanada dos Ministérios.

Silvio Almeida agradeceu a presença de todos que estavam presentes e dos que não conseguiram entrar também.

“Quero agradecer as pessoas que vieram e as que não puderam entrar. Isso demonstra como a questão dos direitos humanos não pode ser deixada de lado, ela interessa a todos nós”, afirmou.

Silvio Almeida também comprimentou os servidores da pasta e elogiou a resistência em meio ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Respeito e valorizo profundamente tudo o que fizeram mesmo nestes anos sombrios, vocês têm o meu apoio, o meu reconhecimento”, destacou.

O ministro afirmou ainda que recebe um “ministério arrasado”, em um cenário desolador.

O ministro destacou que vai garantir o pleno funcionamento do mecanismo de prevenção e combate à tortura.

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Almeida também disse que quer recriar o conselho de políticas LGBTQIA+, avançar em políticas para pessoas com deficiência e combater o capacitismo.

O ministro quer ainda elaborar e implementar um plano de educação em direitos humanos para promoção de uma cultura de igualdade e paz.

Além disso, pretende criar rede de proteção integral para crianças e adolescentes do país, e outra para pessoas em situação de rua.

Silvio destacou que vai haver a criação de uma secretaria de Empresas e Direitos Humanos.

O novo gestor reforçou que o ministério terá um olhar especial para órfãos da Covid-19 e vai haver a criação do estatuto jurídico das vítimas de violência do Brasil.

O ministro enfatizou que pretende colocar os direitos humanos no centro da discussão acerca da segurança pública.

“Não nos afastemos, vamos de mãos dadas”, disse Silvio Almeida que afirmou ainda que o ministério vai trabalhar com diálogo.

Ele afirmou para trabalhadores, mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+, povos indígenas, idosos, pessoas com deficiência, anistiados, vítimas da fome e da violência que “vocês existem e são valiosos para nós”.

Durante a posse, o novo ministro citou rimas do rap nacional de artistas como Emicida e Mano Brown.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, o senador Humberto Costa (PT-PE), e representantes da Nigéria participaram do evento.

Equipe do Ministro dos Direitos Humanos:

Rita Cristina de Oliveira – secretaria executiva do

Isadora Brandão Araújo da Silva – Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos

Anna Paula Feminella – Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Alexandre da Silva – Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa

Ariel de Castro Alves – Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

Marina Basso Lacerda – Chefia do Gabinete do MDHC

Carlos David Carneiro Bichara – Assessoria Especial de Assuntos Parlamentares e Federativos;

Bruno Renato Teixeira – Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos

Nilmário Miranda – Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade.

Symmy Larrat – Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+