A Universidade de Brasília (UnB) promoveu, nesta quinta-feira (11), um debate acerca do Plano de Preservação do Conjunto Urbanísticos de Brasília (PPCub).

Durante a discussão, vários especialistas criticaram o projeto e chamaram o mesmo de “perverso”. Além disso, arquitetos e urbanistas associaram a medida a um cheque em branco com intuito de vender a cidade.

Tombamento

O representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), José Lemes Galvão disse estar preocupado, pois o projeto faz com que tombamento da capital esteja “sob ataque”.

“Não vejo esse plano como preservação, até porque não são [definidas] normas suficientes para proteger a cidade”, disse José Galvão.

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Além disso, o PPCub prevê o aumento de edificações da capital e a construção de novas moradias em seis setores centrais de Brasília. Entretanto, tal projeto despertou a indignação de especialistas como José.

Segundo ele, “o PPCub é um ordenamento para se construir onde já está construído” e que a ideia de aumentar o número de pavimentos prejudica a preservação.

Ademais, o representante do IAB concluiu dizendo que o projeto visa descaracterizar lotes com suas ideias já propostas no planejamento da cidade.

PPCub

De acordo com o projeto, o número de habitantes da cidade pode aumentar em 364.750, o que também resultará em 270 mil veículos a mais circulando na capital. Porém, a falta de sensibilidade relacionada a preservação de Brasília vem incomodando muitos especialistas.

O representante do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), Juliano Loureiro argumentou que “Faltou um olhar, de fato, para a preservação, com estudos que dessem a segurança de que o projeto entregue não impactaria a conservação”.

No dia 19 de junho, o texto do projeto recebeu aprovação dos parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Apesar das críticas, o governador do DF, Ibaneis Rocha reforçou seu apoio ao projeto e disse que o mesmo possui boas intenções.

Com informações do Metrópoles.

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