Professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) aderiram à mobilização nacional e entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira, 22.

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Os grevistas reivindicam reajuste salarial, reestruturação de carreira e recomposição do orçamento da universidade.

A greve foi aprovada por meio de Assembleia Geral realizada no dia 15 de abril pelo Comando Local de Greve (CLG) da Seção Sindical dos Docentes da UFRR (Sesduf-RR).

Votaram a favor da greve 77 docentes, contra 16 votos negativos e sete abstenções.

A concentração dos professores iniciou-se na manhã desta segunda no Parlatório da UFRR, localizado entre os blocos I e II, no campus Paricarana, em Boa Vista.

Professores reunidos no parlatório da UFRR – Foto: Reprodução

Segundo o professor Jaci Guilherme Vieira, membro do Comando Local de Greve, a valorização dos servidores é o principal foco da greve.

“Estamos trabalhando em 2024 com o mesmo orçamento de 2010. É inadmissível ter um professor com doutorado, já em fim de carreira, depois de 30 anos de trabalho, se aposentando com um salário de 12 a 13 mil reais”, relata.

Jaci cita ainda que os professores cobram uma recomposição salarial de 32%.

“Queremos orçamento para as universidades e recomposição salarial”, finaliza.

UFRR e IFRR aderem à mobilização nacional

Confira outras reivindicações:

  • Reestruturação das carreiras de técnicos administrativos e docentes;
  • Recomposição salarial;
  • Revogação das normas que prejudicam a educação federal, aprovadas no período de 2016 a 2022;
  • Recomposição do orçamento; e
  • Reajuste imediato dos auxílios e das bolsas dos estudantes.

Mais de 50 universidades e 79 institutos federais estão em greve no Brasil. Inclusive, o Instituto Federal de Roraima aderiu à greve na semana passada.

Além da reestruturação de carreira e recomposição salarial e orçamentária, elas pedem a revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.

O movimento de paralisação começou em março, mas ganhou fôlego na última semana, quando as tentativas de negociação com o governo federal para reajustar salários e aumentar o orçamento da educação não trouxeram os resultados esperados pelos grevistas.