A reforma tributária tem a proposta de simplificar os pagamentos de impostos no Brasil.

Para especialistas, a Reforma pode ajudar a economia a crescer, impulsionar a Bolsa e ajudar com a inflação.

O texto foi aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados, na última sexta-feira (7),

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Uma das vantagens é que o PIB do Brasil pode crescer com a PEC da Reforma Tributária, por causa da simplificação dos tributos pagos no país, que acontecerá pela redução no número de impostos e pela desoneração do investimento e da exportação.

“Tudo isso deve acarretar um crescimento de 0,5% a mais do PIB, podendo chegar a até 1% ao ano, nos próximos 15 anos”, afirmou ao UOL, o economista Simão Silber, professor do Departamento de Economia da FEA/USP e pesquisador da Fipe.

O Santander acredita que o PIB pode subir 20% nos próximos 20 anos. Cerca de 70% desse impacto vem do aumento de eficiência e de produtividade das empresas.

De acordo com o economista Newton Marques, ouvido pelo Portal Norte, a reforma tributária vai trazer muitos benefícios para a economia brasileira, e o crescimento do PIB, está incluso.

“Deve provocar uma queda da inflação, zerando a cesta básica de tributos, deve reduzir drasticamente as taxas de juros básicas da economia. Ai depois o banco central tem que ajudar a reduzir as taxas de empréstimo, deve aumentar o Produto Interno Bruto, que é o indicador do nosso crescimento econômico a longo prazo”, destacou.

Para o Santander, a Reforma Tributária pode aumentar a competitividade das empresas, reduzir a desigualdade entre os estados e diminuir a injustiça social.

A XP acredita que o PIB pode subir entre 0,7% a 1,2% ao ano, pelos próximos 15 anos.

Segundo a XP, a indústria seria a maior beneficiada da reforma, enquanto os serviços podem sofrer mais impactos negativos.

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Dólar pode cair?

Durante a mudança, o impacto sobre o dólar pode ser positivo.

Isso porque, com a melhora do sistema tributário e do desempenho da economia do país, mais investidores estrangeiros podem trazer o seu dinheiro para cá, diz Silber.

De acordo com a estimativa do boletim Focus, para 2024, a expectativa é que o dólar chegue a R$ 5,10.

O economista Newton Marques afirma que os benefícios serão muitos, mas será a longo prazo.

“São coisas que nós temos que olhar para um horizonte de 5 a 20 anos, mas é o caminho que foi depois de muita discussão, que foi obtido e foi acertado. Então por isso há um otimismo exagerado”, destacou.  

Além da economia brasileira, também pesa no dólar a política de juros nos EUA.

Isso porque o Banco Central americano, o Fed, pode voltar a subir os juros por lá, o que leva investidores a tirarem seu dinheiro do Brasil para alocar nos EUA, uma economia bem mais madura e segura. Assim, o dólar sobe.

Mas, no longo prazo, a reforma melhora economia brasileira, o que atrai investidores.

Os investidores estrangeiros também mudam. É o que diz o economista-chefe da Mirae Asset, Julio Hegedus Netto.

“Sairemos do investidor “hot money”, mais especulador, para o que pretende estender negócio”, diz ele. Se o investidor especulador está no Brasil apenas para ganhar no curto prazo, o outro perfil pretende fazer investimentos no longo prazo. Isso ajuda o dólar a se manter no Brasil e, mantidas as condições atuais, o real tende a se valorizar em relação ao real.