O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (19), uma nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que revela detalhes sobre o rendimento da população brasileira em 2023.

Segundo a pesquisa, 140 milhões de pessoas no Brasil possuem algum tipo de rendimento, o equivalente a 64,9% da população. Na região Norte esse número é menor que a média nacional, chegando a 57,8% da população.

São considerados rendimentos os ganhos provenientes de trabalho e rendimentos de outras fontes (aposentadoria e pensão; aluguel e arrendamento; pensão alimentícia, doação e mesada de não morador e outros rendimentos).

Rendimento per capita

O rendimento médio mensal domiciliar per capita da população do Brasil chegou a R$ 1.848 em 2023, um aumento de 11,5% em relação a 2022. O maior valor foi registrado na região Sudeste, de R$ 2.237, o menor foi registrado na região Nordeste, com valor de R$ 1.146.

A região Norte registrou o segundo menor valor de rendimento per capita do Brasil, com R$ 1.302, um aumento de 13% em relação ao ano passado. Apesar do crescimento, o valor está abaixo do salário mínimo para 2024 (R$ 1.412) e o salário mínimo em 2023 (R$ 1.320).

Na participação do rendimento per capita mensal, destaca-se o rendimento proveniente de todos os tipos de trabalho, com 76,3% dos rendimentos na região Norte sendo dessa origem. Outras fontes representam 23,7%.

Na divisão por estados da região, Tocantins (R$ 1544), Rondônia (R$ 1523), Amapá (R$ 1492) e Roraima (R$ 1428) registraram valores acima da média para a região. Pará (R$ 1273), Amazonas (R$ 1166) e Acre (R$ 1074) registaram valores abaixo da média para a região.

Programas governamentais de transferência de renda

O Programa Bolsa Família (antigo Auxílio Brasil) e o Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social (BPC-LOAS) são os dois principais programas de transferência de renda do governo.

Em 2023, o número percentual de domicílios particulares permanentes que recebem de programas sociais do governo aumentou. Todas as regiões registraram aumento nos domicílios que recebem o Bolsa Família/Auxílio Brasil (19%) e o BPC-LOAS (4,2%).

Na região Norte, a porcentagem de domicílios que recebeu Bolsa Família em 2023 foi de 31,7%. Os que recebem o BPC-LOAS foi de 6,3% e outros programas sociais representam 1,4%.

Na divisão por estados da região, o Pará registrou a maior porcentagem de domicílios com beneficiários do programa Bolsa Família, com 36,8%, seguido por Amazonas (35,5%), Acre (34,8%), Amapá (30,2%), Tocantins (23,25), Roraima (21,5%) e Rondônia (13,1%).