A gripe comum, causada por vírus que prosperam em climas frios, normalmente dura entre 5 e 10 dias. No entanto, algumas pessoas enfrentam sintomas recorrentes, o que levantou uma nova questão para a ciência: por que certos indivíduos lidam com sintomas de gripe por períodos prolongados?
Uma pesquisa da Queen Mary University of London, publicada na revista EClinicalMedicine do The Lancet, revelou que resfriados e gripes podem ter sintomas persistentes, afetando de maneira diferente pessoas de diversos perfis de saúde.
Sistema imunológico e a gripe persistente
Segundo o estudo, uma das razões para a persistência dos sintomas é a resposta imunológica do organismo.
Ao se expor a diferentes vírus respiratórios, o sistema imunológico precisa de tempo para criar defesas específicas contra cada um deles. Esse processo pode resultar em infecções recorrentes enquanto o corpo ajusta suas defesas.
Além disso, ambientes com alta circulação de pessoas, como transportes públicos e eventos lotados, favorecem a transmissão de vírus respiratórios.
Gotículas liberadas ao tossir, espirrar ou até tocar superfícies contaminadas facilitam a disseminação dos agentes infecciosos, especialmente durante o inverno e em climas frios, onde as condições são propícias para a sobrevivência dos vírus e o ressecamento das vias aéreas.
Outros fatores de risco
O estudo apontou ainda que fatores como estresse, falta de sono, dieta inadequada e algumas doenças crônicas enfraquecem o sistema imunológico, tornando as pessoas mais vulneráveis a infecções.
Esses aspectos, combinados, podem fazer com que a gripe se torne um problema persistente, dificultando a recuperação completa.
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A importância da vacinação
Anualmente, a gripe afeta entre 3 e 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Para reduzir esses números, campanhas de vacinação são realizadas, especialmente antes dos meses mais frios.
A imunização é voltada para grupos de risco, como idosos, gestantes, crianças e indivíduos com doenças respiratórias ou cardíacas.
Dicas práticas para prevenir a gripe
Além da vacinação, hábitos de prevenção são essenciais para reduzir o risco de gripe e resfriados. Confira algumas recomendações práticas:
- Evite mudanças bruscas de temperatura.
- Lave as mãos regularmente com água e sabão.
- Não compartilhe objetos pessoais e mantenha-os higienizados.
- Evite tocar olhos, boca e nariz sem higienizar as mãos.
- Pratique atividades físicas para fortalecer o sistema imunológico.
- Prefira ambientes arejados e bem ventilados.
- Use máscara em locais fechados ou lotados.
- Mantenha uma dieta equilibrada rica em nutrientes.
A vitamina C ajuda a curar a gripe?
É comum ouvir que a vitamina C combate resfriados e gripe, mas estudos não confirmam essa teoria.
A vitamina C realmente fortalece o sistema imunológico e apoia a produção de glóbulos brancos, essenciais para a defesa do organismo. No entanto, sua eficácia está na prevenção, não no tratamento de infecções já em curso.
Para aproveitar os benefícios dessa vitamina, é necessário ingeri-la regularmente e em doses adequadas. Portanto, recorrer a ela apenas após a infecção não terá efeito curativo, pois seu papel é fortalecer as defesas antes da exposição ao vírus.
Com essas práticas, é possível reduzir o impacto da gripe e evitar que os sintomas se tornem persistentes, promovendo um inverno mais saudável e protegido.
Com informações de Folha de Pernambuco, Benegripe e Terra.