Diante da seca severa iminente no estado, o anúncio da sobretaxação de contêineres por empresas de navegação que operam no Amazonas foi recebido com desaprovação pelo Governo do Estado, bem como pelo comércio e indústrias da região.  

Wilson Lima (UB) afirmou, nesta sexta-feira (5), que a medida beneficia apenas as empresas de navegação. A crítica foi feita durante coletiva de imprensa a respeito de medidas e ações contra a estiagem extrema.

“No momento que a gente mais precisa de ajuda de alguém que está tendo lucro na região amazônica, vem colocar mais uma carga sobre os nossos ombros. Estão preocupados com o lucro e isso é lamentável”, critica Wilson Lima.  

Ele também destacou que a sobretaxação vai ser repassada em última escala para a população, que deve enfrentar ainda os efeitos da seca extrema.

“Lá na ponta é o cidadão que mora na região amazônica que vai ter o preço dos produtos encarecido”, diz Wilson Lima.  

Conforme Wilson Lima, o Governo do Amazonas acionou o Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumido (Procon-AM) para agir contra a implementação da nova tarifa.  

“Aqui no rio Amazonas ainda não temos dificuldade de navegação. Como é que a empresa já anuncia uma sobretaxação de algo que pode acontecer? A empresa deveria ter a sensibilidade de que neste momento ela deve contribuir com o povo do Amazonas”, afirma Wilson Lima.  

Sobretaxação em resposta à seca

Empresas de navegação que operam no transporte de contêineres para Manaus vão implementar uma nova tarifa denominada “taxa de pouca água” em resposta à seca severa nos rios amazônicos.

A Aliança Navegação e Logística, MSC e Maersk anunciaram cobranças que podem atingir US$ 5,9 mil por contêiner, cerca de R$ 32,2 mil.

Esta antecipação contrasta com o ano passado, quando sobretaxas foram aplicadas somente em outubro, custando US$ 2,1 mil por contêiner.

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