A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) encontrou, na madrugada desta sexta-feira (6), quatro corpos dentro de veículos na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Dois deles já foram identificados e, segundo informações da PCRJ, são de suspeitos de terem assassinado os médicos, no quiosque na Barra da Tijuca, na quinta-feira (5).
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A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) localizou, com o apoio da inteligência da polícia, os corpos de Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, e Ryan Nunes de Almeida, que integrava um grupo criminoso chamado de “Equipe Sombra”. Os outros dois corpos ainda não foram identificados.
A força-tarefa da Polícia Civil, que investiga a guerra na região, interceptou uma gravação telefônica, que indica que os traficantes executaram os médicos por engano.
Um dos três ortopedistas mortos, Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, teria sido confundido com um miliciano, de uma facção rival. Ele está sendo velado hoje na Bahia.
O único sobrevivente do grupo de médicos é Daniel Proença, de 36 anos. Ele passou por cirurgia que durou cerca de 10 horas e teve a participação de 18 profissionais. Ele teria levado 14 tiros, mas o estado de saúde dele é estável e ele já respira sem ajuda de aparelhos.
Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, era irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e vai ser enterrado hoje em Presidente Prudente, no interior de SP. Ele era médico residente pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) .
O Dr. Marcos Corsato, que faria 63 anos na semana que vem, era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ele morreu na hora.
Durante o pronunciamento, na Delegacia de Homicídios, o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado José Renato Torres, reforçou que os assassinos dos médicos não ficarão impunes.
“Todo o aparato da Polícia Civil está à disposição da Delegacia de Homicídios da Capital para a elucidação desses crimes. Que a população do estado e os nossos turistas acreditem nas forças policiais do Rio de Janeiro. Tenho certeza que a autoria dos assassinatos será esclarecida diante do nosso trabalho”, disse José Renato.
O secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Capelli, se reúne hoje com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Segundo a assessoria do MJSP, o objetivo da reunião é fazer uma avaliação das primeiras medidas tomadas pela PF no caso.
Cappelli disse, em entrevista na manhã desta sexta-feira (6) que o inquérito está em curso e que vai aguardar o trabalho técnico e profissional entre a polícia federal e a polícia civil do RJ. “A gente espera cooperar para a elucidação desse caso o mais breve possível”.
O governador Cláudio Castro determinou, nesta quinta-feira (5), que a Polícia Civil utilize todos os recursos necessários para a elucidação dos homicídios de três médicos na Barra da Tijuca.
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