Os professores de universidades e colégios federais recusaram, nesta segunda-feira (20), a proposta de reajuste salarial oferecida pelo Governo Federal. Com isso, mantém a greve que paralisa 53 instituições há 36 dias.
Segundo nota publicada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), responsável pelo comando da paralisação, a oferta do governo “está muito longe de recompor as perdas salariais sofridas nos últimos anos”.
A proposta previa diferentes níveis de reajuste para a categoria. Para os professores que ganham mais foi oferecido um aumento de 13,3% até 2026. Os que ganham menos receberiam 31% a mais, até o fim do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, esses reajustes não viriam em 2024, o que desagradou os professores.
Para o Secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Jose Lopez Feijóo, esse percentual de aumento é ainda maior, se considerado o reajuste de 2023, de 9%, que foi concedido a todos os servidores federais no ano passado.
“Isso significa não só a recomposição de toda a inflação prevista de todo o mandato do presidente Lula, que é de 15%, como uma recuperação importante de perdas de governos passados que sequer recebiam os trabalhadores para qualquer tipo de diálogo”, disse o secretário.
Além disso, o governo destaca o recente aumento nos benefícios de todos os servidores do Executivo federal. O auxílio-alimentação subiu de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9%); o auxílio-saúde, de R$ 144 para R$ 215 (49,30%); e o auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90 (50,7%). Os recursos para esses reajustes estão reservados no Orçamento de 2024.