Os quatro suspeitos pelo envolvimento no triplo homicídio dos médicos no Rio de Janeiro, foram executados 12h horas após o crime, aponta polícia.
Os suspeitos teriam sido julgados pelo ‘tribunal do crime’, punição dada por criminosos que utilizam agressões, torturas e até execuções.
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Os três médicos foram assassinados a tiros na madrugada desta quinta-feira (5), em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital fluminense.
Corpos encontrados dentro de carros
Policiais encontraram três corpos de homens, dois brancos e um pardo, aparentando 25 anos, dentro de um Honda HRV na noite desta quinta-feira (5), na Zona Oeste do Rio.
O carro teria sido abandonado no local por volta das 22h, e o motorista do veículo, resgatado por uma motocicleta, de modelo e cor não identificados.
Próximo dali, também na Zona Oeste, policias encontraram um quarto corpo, por volta da 01h03, dentro do porta-malas de um carro modelo Toyota Yaris.
Os corpos encontrados apresentavam orifícios típicos de ação perfuro-contundente, provocados por disparos de armas de fogo e facadas, nas regiões dorsal, lombar, torácica, epigástrica e flanco direito.
Líderes do Comando Vermelho (CV) teriam ficado indignados com o erro dos comparsas e temerosos de que o crime provocasse um revide brutal das autoridades.
Assim, os assassinos dos médicos, supostamente, teriam sido submetidos a um “tribunal do crime” que lhes imputou a pena de morte.
Saiba quem seriam os executores mortos
Os corpos encontrados seriam de Philip Motta e Ryan Nunes de Almeida. Segundo informações da polícia, Motta seria membro do Comando Vermelho (CV), e era conhecido por Lesk. Ele teria migrado para o CV após a invasão da facção na comunidade da Gardênia Azul.
As facções que ele já integrou são conhecidas por cometerem assassinatos no Rio de Janeiro e estão ligadas ao tráfico.
Já Lesk estava foragido, e teve sua prisão decretada por associar-se ao tráfico há quatro anos. Ele foi responsável por comandar a invasão e tomada de poder por traficantes na comunidade Gardênia Azul, no bairro Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Ryan Nunes de Almeida, o segundo identificado, seria membro o grupo liderado por Motta, chamado de “Equipe Sombra”.
Execução dos médicos
Os médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf Bomfim foram assassinados a tiros em um quiosque na orla do Rio de Janeiro na madrugada dessa quinta.
O médico Daniel Sonnewend Proença também estava com o grupo, mas sobreviveu aos ferimentos e está internado na capital carioca.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) segue a linha de investigação de que o médico Perseu Ribeiro Almeida teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.
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