A youtuber bolsonarista, Bárbara Destefani, mostrou o trecho de um áudio do também youtuber petista, Thiago dos Reis, onde ele admite que passou a apoiar o Projeto de Lei 2630/20, o PL das Fake News, após reunião com a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffman.
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A fala ocorreu durante pronunciamento em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, intitulada “Institucionalização da censura no Brasil”, nesta quinta-feira (11).
No áudio mostrado por Bárbara, extraído do vídeo “Vencemos na PL das fakenews!! Imprensa tenta me destruir!! Quem me atacou agora chora!”, publicado no canal de Thiago, o influencer afirma que após a retirada do artigo 32 do PL, ele passou a apoiar a matéria.
Youtuber e o PT
Segundo Thiago, o artigo do PL dava a previsão de remuneração das plataformas por conteúdo jornalístico, onde veículos de comunicação poderiam ganhar até R$ 1 bilhão, quando o texto fosse aprovado, mas onde os influenciadores digitais ficariam com apenas uma pequena fatia do montante.
De acordo com Bárbara, o influencer dá a entender que já recebe algum tipo de financiamento para apoiar as pautas prioritários do PT ou partidos progressistas.
Thiago tem uma relação estreita com o PT. Ele tentou se candidatar ao cargo de deputado federal em Alagoas, mas teve a candidatura impugnada.
Depois do episódio, Gleisi Hoffman twittou uma mensagem de solidariedade ao influencer.
“Alguns são a favor (do PL das Fake News). Eles estão defendendo o ganha-pão deles. Mas entre eles serem a favor e atentar que eu sou mercenário (…) Eu literalmente falei que eu não quero se for para ‘dar mais’ para os outros. Tem gente que aceita. Se o fulano aceita ganhar 10%, 20% ou 30% a mais, e dar não sei quanto milhões aos veículos da grande mídia é opção deles”, afirma o influenciador em trecho tirado de vídeo.
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Oposição bolsonarista
Bárbara foi chamada a prestar depoimento junto a vários outros comunicadores e parlamentares de oposição para discutir sobre as possíveis implicações do PL das Fake News.
A youtuber é apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O canal dela na plataforma foi desmonetizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante investigações na operação contra fake news do órgão.
“Eu nunca sentei à mesa para negociar o meu apoio. Mas essas pessoas, após essa reunião com a presidente do PT e com a Secom passaram a apoiar esse projeto. O problema foi resolvido (…) Se sou eu falando isso, afirmando que receberia até 30% a mais ao afirmar que seria a favor de alguma matéria de um parlamentar da direita, o que aconteceria comigo?”, questionou Bárbara.
Assista ao vídeo da declaração de Thiago Reis:
