O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai destinar R$ 33,6 milhões do Fundo Amazônia para o projeto de Gestão Territorial da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ). 

O contrato foi assinado no último sábado (4), na Terra Indígena Poyanawa, em Mâncio Lima, no interior do Acre

O projeto tem como objetivo combater o desmatamento na região do Acre, com foco na fronteira com o Peru, por meio de ações coordenadas. 

Ele vai beneficiar 13 Terras Indígenas e cerca de 11 mil pessoas, contribuindo para o desenvolvimento e a preservação da Amazônia. 

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O projeto é estruturado em quatro eixos:

  1. Fortalecimento Institucional: Neste eixo, estão previstas a reforma da sede da OPIRJ em Cruzeiro do Sul, melhorias na conectividade digital entre as comunidades indígenas e o apoio a reuniões estratégicas e de governança;
  2. Gestão Territorial e Ambiental: serão realizadas ações como a implementação de espaços multiuso nas Terras Indígenas, a construção de casas de vigilância, a compra de barcos, combustível e equipamentos para expedições, além de encontros transfronteiriços com indígenas do Peru e atualização dos planos de manejo e de gestão ambiental dos territórios;
  3. Atividades Produtivas Sustentáveis: para garantir a segurança alimentar e sustentabilidade dos modos de vida tradicionais, serão apoiadas atividades como a piscicultura e a construção de viveiros para mudas e pequenos animais;
  4. Valorização da Cultura e Tradições Indígenas: inclui a construção de casas de passagem para intercâmbios culturais entre os povos da região, oficinas de produção de videodocumentários, organização de acervos culturais, oficinas de arte e artesanato, e a realização do Festival Anual dos Povos da Floresta.

A cerimônia contou com a presença do coordenador-geral da OPIRJ, Francisco Piyãko, líderes indígenas dos territórios envolvidos, as ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, e a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

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