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Projeto que altera Lei Maria da Penha é aprovado pela CCJ do Senado

Medida que altera Lei Maria da Penha é aprovada pela CCJ

CCJ aprova medida que altera Lei Maria da Penha, senadora Tereza Cristina é a relatora do PL - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Um projeto de lei (PL) que altera parte da Lei Maria da Penha (Lei 11.340, de 2006) foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, nesta quarta-feira (31).

O PL 5.609/2019 traz aplicação rápida de medidas protetivas de natureza cível para a mulher.


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O projeto, apresentado pelo ex-senador Fernando Bezerra Coelho (PE), foi aprovado com uma emenda.

Durante a reunião da CCJ, a relatora do projeto, senadora Tereza Cristina (PP-MS), foi favorável a proposta, mas rejeitou a emenda da CDH.

A congressista propôs uma nova ementa.

Alterações na Lei Maria da Penha

O texto destaca a aplicação das medidas protetivas de urgência e estipula que aquelas de natureza cível, inclusive as de prestação de alimentos constituem título executivo judicial de pleno direito e dispensam propositura de ação principal.

A proposta extingue parte da Lei Maria da Penha que faz remissão ao antigo código de Processo Civil (Lei 5.869, de 1973 revogada) que está em acordo com o atual CPC (Lei 13.105, de 2015).

Além disso, o texto estabelece que as medidas de natureza cível constituem título executivo, inclusive em relação ao pagamento de alimentos provisórios, sem que tenha sido proposta uma ação principal.

Para o autor, considerando a competência criminal e civil dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, faz sentido que as medidas protetivas constituam um título executivo para obrigações de caráter alimentar.

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Em seu relatório, Tereza Cristina afirmou que a proposta é conveniente, pois, “além de atualizar o único dispositivo da Lei Maria da Penha que ainda faz referência ao antigo CPC, viabiliza, para a mulher em situação de violência doméstica, a realização de um direito seu reconhecido pelo magistrado e consubstanciado sob a forma de uma medida protetiva urgente de natureza cível”.

Agora, o texto que está em estado terminativo vai para análise da Câmara dos Deputados.  

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