Estudo aponta que apenas 22% da população tem acesso satisfatório com conectividade, o acesso à internet está perto da universalização no país.

33% da população estão no nível mais baixo do índice que mede a conectividade significativa no país e 24% ocupam a faixa de 3 a 4 pontos.

Conforme estudos da conectividade significativa e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), os índices são mais baixos entre pretos e pardos, nas classes D e E, nas regiões Norte, Nordeste e nas cidades menores.

O estudo mediu também a qualidade e efetividade do acesso da população às tecnologias digitais a partir de variáveis como custo da conexão, usos diversificados de dispositivos, tipo e velocidade de conexão e frequência de uso da internet.

Conectividade para a população

A partir dessas variáveis, foram estabelecidos diferentes níveis de conectividade significativa, o que resultou numa escala de 0 a 9, na qual o score zero indica ausência de todas as características aferidas, enquanto o nove denota a presença de todas elas. 

Apesar de 84% da população do Brasil já ser usuária de internet, as condições desse acesso são bastante desiguais, na avaliação de Graziela Castello, coordenadora de estudos setoriais no Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br/NIC.br), e responsável pelo levantamento.


Gênero e faixa etária

O estudo mostrou que os entrevistados do sexo masculino apresentaram melhores índices de conectividade significativa, com 28% na faixa entre 7 e 9 pontos e 31% entre 0 e 2 pontos. Já as mulheres tiveram 17% na melhor faixa e 35% na faixa mais baixa. 

No recorte de faixa etária, o levantamento confirma a maior vulnerabilidade à exclusão digital dos idosos: 61% dos brasileiros com 60 anos ou mais apresentam scores mais baixos (até 2 pontos) de conectividade significativa. 

Por outro lado, somente 16% e 24% dos usuários com idades entre 10 e 15 anos e 16 e 24 anos, respectivamente, estão na faixa mais alta (entre 7 e 9 pontos), contrariando a ideia de que os mais jovens apresentariam melhores indicadores no mesmo quesito.